Qual a melhor praia dos Estados Unidos? Não é a que você pensou. Descubra

Melhor praia dos Estados Unidos, melhor destino no ano, um dos cem mais amados destinos turísticos do ano... é até difícil citar o tanto de listas que as praias de Saint Petersburg e da vizinha, Clearwater, na Flórida, ocupam. Independentemente da categoria, volta e meia as cidades, na mesma região, aparecem listadas por sites e revistas como lugares perfeitos para conhecer.

Só para citar alguns prêmios recentes, em 2023 o USA Today nomeou Clearwater — a estrela local — como a praia número 1 do Sul dos Estados Unidos e a revista Forbes colocou Saint Petesburg na lista dos 20 melhores destinos para viajar — em 2021, sua praia foi eleita a melhor do país no ranking do Tripadvisor.

Além de uma das mais recomendadas da Flórida, a praia também tem um dos pores do sol mais famosos
Além de uma das mais recomendadas da Flórida, a praia também tem um dos pores do sol mais famosos Imagem: Richard Sagredo/Unsplash

A região de Saint Petersburg está a só 175 km de Orlando, o que significa que é só pegar duas horas de estrada para sair daquele agito todo dos parques e ir parar em uma praia de mar verde claríssimo e areia tão branca quanto o sal.

A cidade foi sortuda por estar em uma península entre a Baía de Tampa e o Golfo do México — aliás, é lá aonde o pessoal de Tampa vai quando quer passar um tempo na praia. É tudo tão colorido e descontraído em Saint Petersburg que o apelido, St. Pete, combina bem mais do que o nome completo meio sisudo.

Praia de Clearwater: atrações na região vão muito além do mar e areia
Praia de Clearwater: atrações na região vão muito além do mar e areia Imagem: Drew Dau/Unsplash

St. Pete é daqueles lugares para enfim relaxar depois de filas e mais filas e de andanças e mais andanças nos parques de Orlando. É para aproveitar a praia, mas não é daqueles lugares desertos, com praia e nada mais.

Você pode dividir os dias com as cervejarias artesanais, as lojas locais do Downtown, os museus ótimos e o pôr do sol sempre especial. E claro que pode (e deve) ir além da cidade em si. É que a península de St. Pete, conhecida como a região de St.Pete/Clearwater engloba 56 km de praias e pontos pitorescos.

É o caso da vila de pescadores Tarpon Springs, conhecida como a capital mundial das esponjas do mar. Em uma única rua à beira-mar, fica uma loja de esponja ao lado da outra, vendendo dezenas de tamanhos e texturas para as diferentes partes do corpo.

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Loja de esponjas marinhas em Tarpon Springs
Loja de esponjas marinhas em Tarpon Springs Imagem: Natalia Manczyk/UOL

Restaurantes gregos se intercalam com as lojas, formando uma mistura que à primeira vista não faz sentido, mas existe um porquê. É que no fim do século 19 a economia girava em torno da captação das esponjas, e no início do século 20, mergulhadores e marinheiros gregos foram recrutados para isso. Óbvio que eles acabaram gostando e ficando.

St. Pete também é cultura

Em St. Pete, a atração mais buscada é o Museu Dalí, tanto que americanos dirigem horas só para conhecer o espaço. O prédio envidraçado na orla e cheio de curvas foi construído com arquitetura surrealista justamente para homenagear o artista espanhol. São 97 pinturas originais de Dalí, além de desenhos, fotos e esculturas espalhados pelo prédio.

A arquitetura surrealista do Museu Dalí
A arquitetura surrealista do Museu Dalí Imagem: Natalia Manczyk/UOL

Tanto quanto o nome Saint Petersburg, o museu pode parecer programa sério demais, mas nada disso. Se você baixar o app da atração, vai ter uma visita toda interativa com sugestões de rotas e realidade aumentada nos quadros que por si só já são uma piração.

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Para continuar na toada descontraída, tome um café no jardim rodeado de esculturas, onde uma bola imensa chama a atenção. É a experiência imersiva Dali Alive 3600 (paga à parte), que conta em 40 minutos a história pessoal do artista por meio de projeções e efeitos de luz e som.

Instalação no Chihuly Collection
Instalação no Chihuly Collection Imagem: Natalia Manczyk/UOL

A só 1 km do Museu Dalí, está o museu dedicado a mais um artista, Dale Chihuly, provando que St. Pete é mesmo cheia de cultura. O espaço também foi construído só para receber as obras extravagantes do norte-americano, um mestre em esculturas de vidro soprado. A coleção não é grande, mas as obras coloridíssimas geram um efeito interessante de luzes e sombras.

Se o Museu Dalí tem vista para o mar, o Chihuly Collection também está em uma localização privilegiada: na Central Avenue, a rua mais importante do centro de St. Pete.

Por lá, esqueça as lojonas norte-americanas mais conhecidas. O negócio é fuçar as casinhas que abrigam butiques locais e exibem roupas praianas, além de bater perna entre esculturas, murais coloridos e cervejarias artesanais, como a Grand Central Brewhouse.

Grafite na Central Avenue, a rua mais importante de Saint Petesburg
Grafite na Central Avenue, a rua mais importante de Saint Petesburg Imagem: Visit Florida/Kevin McGeever
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Espetáculo no final de tarde

A cada dia na região de St. Pete e Clearwater você pode escolher um ponto para ver o pôr do sol, e todo fim de tarde vai ser um espetáculo. Poderia ser só uma frase feita, mas é isso mesmo: até por que céu nublado é raridade por lá.

St. Pete inclusive está no Guinness Book como o lugar mais ensolarado do mundo. A cidade registrou 768 dias consecutivos de sol, com céu azul de 1967 a 1969.

Pôr do sol no píer de St. Pete, que avança sobre o mar desde 1889
Pôr do sol no píer de St. Pete, que avança sobre o mar desde 1889 Imagem: Ken Cheung/Unsplash

Um dos bons lugares para ver o show do pôr do sol é o píer de St. Pete, que avança sobre o mar desde 1889. Apesar dos 135 anos, a região é moderníssima e rende horas de passeio. O píer foi completamente renovado e reinaugurado em julho de 2020, e, apesar do desafio de lançar o projeto em meio à pandemia, fez o maior sucesso tanto entre os moradores quanto entre os turistas.

Foi criada uma praia, fontes para as crianças brincarem, deque para pesca, vários restaurantes e uma escultura em formato de teia que virou ponto de encontro. Como carros não entram no píer, deve-se estacionar perto da marina, e, para quem não quiser caminhar até a ponta, tudo bem: um trenzinho vai e volta. É gratuito e é só entrar.

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Como em Miami, as casinhas coloridas dos salva-vidas, em St. Pete
Como em Miami, as casinhas coloridas dos salva-vidas, em St. Pete Imagem: Ken Cheung/Unsplash

Para a hora do pôr do sol, a dica é ir até o restaurante Teak, estrategicamente montado na ponta do píer, e estrategicamente também alto e envidraçado. O restaurante de arquitetura moderna tem vista 360 graus para o mar, o píer e o pôr do sol.

Já para ver o céu ficar rosa, laranja e vermelho de forma mais tradicional, a boa é estar no restaurante Palm Pavilion, na praia vizinha, Clearwater.

É só dar cinco e pouco da tarde que o restaurante pé na areia praticamente se transforma em um camarote para assistir ao pôr do sol. Fica todo mundo debruçado no terraço, ouvindo a música ao vivo e tentando se dividir entre aproveitar os peixes e frutos do mar ou o céu com todos os tons de rosa, de onde é difícil tirar os olhos.

Foto tirada desde o restaurante Palm Pavilion, em Clearwater: esta é a vista
Foto tirada desde o restaurante Palm Pavilion, em Clearwater: esta é a vista Imagem: Natalia Manczyk/UOL

Mais natureza

A praia de St. Pete, as esponjas de Tarpon Springs, a praia de Clearwater e o pôr de sol já poderiam ser suficientes para curtir a vida, mas a região guarda mais um ponto impressionante: o parque Fort de Soto, na ponta da península.

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Só o caminho até lá é uma atração, já que o parque se esparrama por cinco ilhas fininhas interligadas por pontes. O mapa no Waze já vai preparando para o que vem: uma estrada com o mar dos dois lados e a necessidade de o copiloto estar com o celular à postos para filmar.

Parque Fort de Soto, na ponta da península
Parque Fort de Soto, na ponta da península Imagem: Natalia Manczyk/UOL

No parque, a natureza continua impactando. O Fort De Soto é cercado por 11 km de mar e, desses, 5 km são praias com todo o jeito de selvagens. Tem quem vá só correr, quem vá aproveitar a praia ou ainda passear de bicicleta sempre vendo o mar.

O forte que dá nome ao parque foi construído em 1898 pelos espanhóis, mas acaba ficando em segundo plano em meio a tanta natureza. Áreas de piquenique, de camping, pesca e passeios de caiaque são mais algumas das atividades por lá.

Fort De Soto,  construído em 1898 pelos espanhóis
Fort De Soto, construído em 1898 pelos espanhóis Imagem: Natalia Manczyk/UOL

Com tudo isso fica fácil convencer a família e os amigos que vale a pena tirar uns dias pós-parques para descansar de frente para um mar verde-claro, comer frutos do mar junto do pôr do sol e ter dias praianos para finalmente voltar revigorado das férias.

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