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Reportagem

Casa, beija ou mata no bar: o que esperar do reality de drinques e negócios

Quem acompanha a coluna desde a época da prevalência cervejeira já sabe: estamos de olho e? nos empolgamos quando o tema é BBB (bom bar e bebida). Assim como naquele reality cervejeiro de tempos pré-pandêmicos, um outro promete dar pano pra manga aqui no Siga o Copo: "Shaking The Bar" estreia às 23h desta terça (10) no Sony Channel.

A prerrogativa de explorar além dos talentos nas coqueteleiras, mas também instigar o lado empreendedor de 7 competidores e 7 competidoras (palmas para essa seleção), de cara, já é um bem tremendo para muita gente que acha que viver de bebida é coisa fácil e que prosperar é sorte e paixão.

A apresentação e a composição do júri especializado já diz tudo. O comando é de Facundo Guerra (empresário e "o nome" da noite paulistana), e os bartenders Alê D'Agostino e Mia Rossi, do Bar dos Arcos.

O ótimo, o bom e o medonho

Para sentir o que esse power trio pode trazer para o programa - e entregar algumas curiosidades e spoilers inocentes, talvez), a coluna propôs para eles a já conhecida brincadeira do "casa, beija ou mata" no mundo dos drinques.

Facundo Guerra

Facundo Guerra no "Shaking The Bar"
Facundo Guerra no "Shaking The Bar" Imagem: Guido Ferreira/Divulgação

Atenção que o chefe desse bar é? abstêmio! Logo, o domínio não está no conteúdo (da maioria) dos copos - mas com a ascensão dos drinques não-alcoólicos, Facundo pode bem se preparar para um júri também técnico próxima temporada, hein. Fica a ideia e o incentivo.

Casa: foco no cliente

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"Indispensável é você controlar bem o negócio, ser um bom operador. Ter a noção de que qualquer forma de desperdício é pornográfica nos dias de hoje e valorizar o dinheiro do cliente.

Pensar que as pessoas estão depositando parte das suas energias vitais quando elas consomem. Elas trabalharam para isso e estão com uma expectativa. Essa deveria ser a preocupação de todo empreendedor."

Beija: personalidade e originalidade

"Alguém que coloca o mundo interior no seu negócio. Quando a criatura e o criador se confundem, eu vejo a personalidade daquela pessoa que deu origem ao negócio. Do cardápio, à decoração, e também na maneira de atender, em como eu vejo isso até atrás do balcão."

Mata: cópias

"Eu detesto coisas temáticas, aquela coisa que faz emulação pra um bar na gringa e se inspira ou pegar um projeto de alguém sem pedir autorização especialmente, sabe?

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Odeio quando fazem coisas pouco inventivas e que não se esforçam para conseguir encontrar um projeto que elas falem através deles. Quando copiam, não colocam sua alma no projeto. Simulam outra pessoa."

Mia, Facundo e Alê julgam etapa do "Shaking The Bar"
Mia, Facundo e Alê julgam etapa do "Shaking The Bar" Imagem: Guido Ferreira/Divulgação

Alê D'Agostino

Bartender renomado e premiado, atrás dos balcões ou nos engarrafados da pandemia (e para depois dela) no Apothek Cocktails & Co, Alê traz ao reality nada menos que 18 anos de experiência.

Casa: o profissional

"A coisa que eu acho mais incrível no bar é o bartender, a figura indispensável. Meio óbvio dizer isso, mas tem uma coisa do nome, a palavra, que desde moleque sempre me encantou"

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Beija: o local de trabalho - ou de lazer

"O que eu gosto muito é um balcão. É uma parte fundamental em um bar. Se não tem balcão e um lugar legal pra sentar, não funciona"

Mata: bebida complicada

"Algo que eu acho dispensável são os drinques que você precisa de um manual pra tomar. Acho que a coquetelaria precisa ser fácil e de fácil acesso"

Mia Rossi

Com 16 anos de carreira, ela já trabalhou em bares e restaurantes icônicos da cidade e, nos últimos anos, foi chefe de bar do Fel, no Edifício Copan, em São Paulo, e atualmente é responsável pela curadoria de criação da carta de drinques do Bar dos Arcos e Love Cabaret, de Facundo.

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Casa e beija: bom gosto e senso estético

"Eles caminham juntos. Coquetéis não precisam de um amontoado de folhas, flores e etc.? para serem bonitos.

Na organização do bar, juntar todos os clichês de ambientes 'instagramáveis' poder ser um grande erro.

Fora isso, é essencial investimento em equipamento e capacitação da equipe"

Mata: produtos e profissionais de qualidade duvidosa

"Com destaque exagerado e tratados como o melhor do mercado por imprensa e indústria por anos, alguns produtos e profissionais criam essa ilusão de que são ótimos."

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Alê, Mia e Facundo julgam etapa do "Shaking The Bar"
Alê, Mia e Facundo julgam etapa do "Shaking The Bar" Imagem: Guido Ferreira/Divulgação

Os participantes

Segura o fôlego porque a turma convocada para a competição já é conhecida dos bares e tem tudo para levar a conversa e a coquetelaria para mais gente:

Ana Gumieri

A paulistana de 30 anos é bartender e operadora de bares. Criou a carta de drinks do Gran Bar, em São Paulo.

Ariel Todeschini da Motta

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De Pato Branco, no interior do Paraná, Ariel tem 28 anos e é Bartender. É embaixador de um licor de café e trabalha prestando consultoria e desenvolvendo bares pelo sul do país.

Bianca Andrioli

A gaúcha de 31 anos é mixologista e designer. Cursa engenharia de alimentos, tem uma coluna no Mixology News e desenvolve energéticos.

Cristiano Rodrigues Faria

O paulistano de 41 anos é bartender e estuda gerenciamento e gestão. Trabalha atualmente no Rosewood, de São Paulo.

Gabriel Bueno

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O curitibano Gabriel Bueno tem 27 anos. É chefe de bar no Ponto Gin, em Curitiba, finalista do World Class em 2019 e 2022.

Jaci Andrade

Jaci tem 41 anos, é curitibana, comunicadora e bartender. Está no Projeto Mykola, de Curitiba, como chefe de bar e organizou o coletivo "Corre Guria", que começou como um campeonato de coquetéis para mulheres e evoluiu para um centro de acolhimento e
treinamento.

Michell Agues

Bartender há 15 anos, o bartender de 34 anos começou a carreira há mais de uma década. Natural de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, foi chefe de bar do Maracanã na Copa do Mundo e hoje trabalha com assessoria e consultoria.

Rafael Welbert

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O capixaba de 35 anos é chefe de bar e consultor, e mora em São Paulo há 8 anos. É Mixologista e gestor de bar do grupo Mocotó, restaurante do Chef Rodrigo Oliveira na capital paulista.

Ramona Merencio

Ramona atua na coquetelaria paulistana há mais de seis anos e está no Molotov, bar conhecido por seus drinks clássicos e autorais em Pinheiros, São Paulo. É Bartender e embaixadora do movimento "Livre de Assédio".

Renata Adoración

Renata Adoración tem 35 anos. Nascida em Ribeirão Pires, é Mixologista e líder de bar. Cria coquetéis no Fitó, restaurante paulistano com inspiração nordestina e equipe feminina.

Ricardo Barrero

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Com 36 anos, é formado como sommelier pela Associação Brasileira de Sommelier e em 2021 ficou entre os dez finalistas brasileiros no World Class, maior campeonato de coquetelaria do mundo. Atualmente é head bartender no Modern Mamma Osteria.

Thays Paiva

Mineira de nascença, mas criada no Rio Grande do Sul, tem 37 anos e mora em Blumenau (SC) prestando consultoria e treinamentos para bares e profissionais da área. É Bartender e Chefe de Bar.

Waka Morishita

Nasceu no Japão e cresceu no Brasil, cercada de experiências gastronômicas no restaurante da família. Bióloga de formação, gestora ambiental e entusiasta da coquetelaria. Fixou residência em Blumenau (SC), onde comandou importantes casas pioneiras em
coquetelaria na cidade. Atualmente é consultora autônoma.

Yuri Silva

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Gestor e consultor de bares. Entrou no universo da coquetelaria há 12 anos, e hoje estuda por conta própria e faz seus próprios insumos.

Como funciona o programa

14 bartenders vindos de 6 estados brasileiros que têm o sonho de abrir seu próprio bar passam por desafios a cada episódio.

O primeiro episódio, que vai ao ar hoje, desafia os participantes a fazerem um pitch do seu projeto: apresentar o nome do empreendim são Luiz Calainho, empresário de economia criativa e sócio do famoso Blue Note, em São Paulo; e Benny Novak, criador do Ici Bistrô e sócio da Cia. Tradicional de Comércio.

Após o pitch, os dois bartenders com o melhor projeto de bar se classificam para o "Shaking the Bar". Os dois piores já estão eliminados.

Em busca das oito vagas restantes, os dez bartenders devem preparar seu drinque carro-chefe para o júri especializado em coquetelaria, composto por Mia Rossi e Alê D'Agostino. Ao final, os oito melhores drinques se classificam e dois se despedem da competição.

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Nas semanas seguintes, a cada episódio, um competidor dará adeus ao programa.

Os participantes serão testados em duas provas: na primeira, é feito um desafio focado em empreendedorismo, passando pelas etapas necessárias para inaugurar e gerir um bar, desde a concepção da ideia, marketing, finanças e logística até a montagem final do empreendimento. A segunda, uma prova de coquetelaria para entender a capacidade e criatividade na concepção e desenvolvimento de drinques.

A atração conta ao todo com 10 episódios e terá sua final em 12 de dezembro.

Sim, vai ter gigante e não se surpreenda com as marcas utilizadas nos drinques: a Diageo é patrocinadora master de sua primeira temporada e levará à telinha Ypióca, Don Julio, Bullet, Ketel One Vodka, Ketel One Botanical, Tanqueray, Zacapa, Johnnie Walker Black e Singleton.

O que isso significa? Que só posso torcer para a cachaça na caipirinha. E que, claro, quero mais é que muita gente se encante pela coquetelaria. Torçamos.

*Trilha sugerida de harmonização com essa coluna: Toco y Me Voy, Bersuit Vergarabat.

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