Chefe do Comitê Olímpico do Japão nega irregularidades em candidatura para Jogos de 2020
Por Elaine Lies e Jack Tarrant
TÓQUIO (Reuters) - O presidente do Comitê Olímpico do Japão, Tsunekazu Takeda, confirmou nesta terça-feira que foi interrogado por autoridades francesas em dezembro, mas reiterou que não houve nada irregular sobre a candidatura de Tóquio para sediar os Jogos Olímpicos de 2020 e se comprometeu a provar sua inocência.
Procuradores franceses que investigam um pagamento multimilionário feito pelo comitê de candidatura do Japão a uma empresa de consultoria de Cingapura interrogaram Takeda em Paris e ele foi colocado sob investigação formal no dia 10 de dezembro, disse uma fonte à Reuters na sexta-feira.
Takeda disse em uma coletiva de imprensa lotada que não há nenhuma razão para questionar qualquer parte das negociações do Japão com a empresa de Cingapura em conexão com a candidatura de Tóquio, e que ele irá cooperar totalmente com as autoridades francesas.
Após pedir desculpas por preocupar o povo japonês e todos os envolvidos na organização dos Jogos de 2020, Takeda repetiu as negações feitas na sexta-feira, dizendo que não houve nenhuma irregularidade nas negociações entre o Japão e a empresa de Cingapura.
“Houve dois contratos trocados entre o comitê de candidatura de Tóquio e a empresa de Cingapura, mas eles foram concluídos sob o tipo de procedimento usual e analisados e aprovados como de costume”, disse Takeda. “Eu fui a última pessoa a aprová-los, muitos outros o haviam feito antes de mim”.
Ele acrescentou que os contratos eram para as atividades de lobbying e coleta de informações, que os pagamentos foram feitos como de costume para tal tipo de trabalho e observou que uma investigação realizada em 2016 por um comitê independente não indicou nenhuma irregularidade envolvendo o comitê de candidatura japonês.
“A partir de agora, eu vou cooperar totalmente com as autoridades francesas e fazer todo o esforço para provar minha inocência”, disse.
Investigadores franceses têm conduzido um inquérito de anos sobre a corrupção nos esportes e, no início de 2016, estenderam a investigação para incluir os processos de candidatura e de votação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e de Tóquio em 2020.
(Reportagem de Elaine Lies e Jack Tarrant)
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