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Todos os pilotos da Fórmula 1 se filiam a sindicato e mostram união rara

Sindicato finalmente teve 100% de adesão dos pilotos da F1, incluindo Hamilton e Bottas - Mark Thompson/Getty Images
Sindicato finalmente teve 100% de adesão dos pilotos da F1, incluindo Hamilton e Bottas Imagem: Mark Thompson/Getty Images

13/12/2017 16h13

LONDRES (Reuters) - Os pilotos de Fórmula 1, inclusive o tetracampeão britânico Lewis Hamilton, mostraram uma unanimidade rara se filiando ao sindicato da categoria devido a preocupações com o rumo do esporte.

O presidente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, Alex Wurz, disse à rede BBC nesta quarta-feira que agora a organização sediada em Mônaco tem 100 porcento de filiação "talvez pela primeira vez na história".

Hamilton, que conquistou seu quarto título com a Mercedes neste ano, não esteve filiado nas últimas temporadas, e Kimi Raikkonen, campeão com a Ferrari em 2007, tampouco era membro.

Wurz disse que a F1, cuja propriedade passou para a norte-americana Liberty Media em janeiro, está entrando em "um período de evolução, mudança e talvez de algum grau de tumulto".

"Eles (pilotos) reconhecem que precisam estar unidos e representados para enfrentar esse desafio". A maioria dos contratos entre equipes e detentores de direitos comerciais vence até o final de 2020, assim como um acordo sobre o tipo de motor que a modalidade deveria usar.

A Ferrari, escuderia mais antiga e bem-sucedida da F1 que recebe pagamentos especiais e tem direito de veto, ameaçou sair se considerar que as mudanças vão de encontro aos seus interesses.

O ex-piloto de F1 Wurz disse que uma das maiores preocupações é o risco de valores essenciais serem reduzidos.

O austríaco afirmou que os pilotos querem "evitar que qualquer política de disputa de poder acabe comprometendo o desempenho na pista. Os pilotos acreditam que a união é fundamental para o sucesso do esporte".