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Após escândalo, dirigentes da Federação de Ginástica dos EUA deixam cargos

22/01/2018 22h51

Indianápolis (EUA), 22 jan (EFE).- O escândalo de abusos sexuais cometidos pelo ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos, Larry Nassar, que pode ser condenado a até 125 anos de prisão, provocou nesta segunda-feira a renúncia de três dos principais dirigentes da federação da modalidade.

O presidente da Federação de Ginátisca dos EUA, Paul Parilla, o vice-presidente, Jay Binder, e a tesoureira, Bitsy Kelly, deixaram os cargos após várias atletas pedirem a saída dos três.

No ano passado, o principal responsável da federação, Steve Penny, já tinha sido expulso do órgão após a revelação do caso.

A renúncia dos três dirigentes ocorre em meio as audiências do julgamento para Nassar em Lansing, no estado de Michigan.

A expectativa é que mais de 100 pessoas sejam ouvidas nas audiências, a maioria atletas olímpicas que foram vítimas do médico.

Parilla, acusado pelas atletas de não ter feito nenhuma investigação séria das denúncias apresentadas por elas na federação, tinha recebido um contato do Comitê Olímpico dos EUA (USOC), que o aconselhou a deixar o cargo.

Em comunicado, Scott Blackmun, o principal responsável do USOC, disse que precisava de uma nova liderança na federação porque os dirigentes focam em estabelecer que não fizeram nada de errado em vez de apoiar as vítimas de abuso.

A nova presidente-executiva da federação de ginástica, Kerry Perry, informou na semana passada que a entidade não seria mais filiada ao Rancho Karolyi, um centro de treinamento que fica em Huntsville, no Texas, onde Nassar atacou várias das ginastas.

A federação também iniciou investigações contra outros técnicos e funcionários que trabalharam com Nassar.