Belgas mostram futebol tão badalado, goleiam Hungria e estão nas quartas
Toulouse, 26 jun (EFE).- A seleção Bélgica mostrou o futebol que dela se espera neste domingo, goleou a Hungria por 4 a 0, no Estádio Municipal de Toulouse, e garantiu classificação para às quartas de final da Eurocopa, em que enfrentará o País de Gales, de Gareth Bale, Aaron Ramsey e companhia.
A aclamada "ótima geração" dos Diabos Vermelhos carimbou passaporte ao 'top-8' continental, dois anos após alcançar a mesma fase da Copa do Mundo, com gols do zagueiro Toby Alderweireld, no primeiro tempo, do atacante Michy Batshuayi, do meia Eden Hazard e do atacante Yannick Carrasco, na etapa complementar.
Esta foi a primeira fez na atual edição da competição continental que uma seleção conseguiu superar outra por quatro gols de diferença. Na primeira fase, os belgas chegaram a bater os irlandeses por 3 a 0, mesmo placar das vitórias de Gales, Espanha e Alemanha sobre Rússia, Turquia e Eslováquia, respectivamente.
No duelo para voltar às semifinais da Euro após 36 anos, a Bélgica terá que superar os galeses, na próxima sexta-feira, em Lille. Ontem, Bale e companhia superaram a Irlanda do Norte, em partida entre integrantes do Reino Unido, por 1 a 0.
A Hungria, por sua vez, dá adeus ao torneio após surpreender no grupo F, ficando a frente, inclusive de Portugal. A ausência mais sentida, sem dúvida, será a do goleiro Gábor Király, mais velho a disputar o torneio, que mais uma vez com a calça de moletom que se tornou um amuleto, teve grande atuação.
Hoje, os dois técnicos tiveram problemas na hora de escalar as equipes. Na Hungria, o lateral-direito Attila Fiola, que se lesionou na estreia, seguiu dando lugar a Tamás Kádár. Na Bélgica, o volante Mousa Dembélé e o meia-atacante Yannick Carrasco, titulares contra a Irlanda, ficaram de novo no banco, por não estarem 100% fisicamente.
Na última hora, no entanto, o comandante da seleção do Leste Europeu, o alemão Bernd Storck, ainda teve a má notícia do veto ao meia László Kleinheisler, um dos grandes nomes da primeira fase, que sentiu dores no aquecimento. Ádám Pintér, com isso, foi incluído no 11 inicial.
O começo de jogo, apesar de mostrar adversários com posturas ofensivas, teve a Bélgica mais incisiva. Aos 6 minutos, Lukaku finalizou quase que da pequena área, à esquerda do gol húngaro. No minuto seguinte, De Bruyne tentou de um pouco mais longe, parando em segura defesa de Király.
Não demorou e os Diabos Vermelhos levaram a torcida à loucura. Aos 10 minutos, após cobrança de falta da esquerda executada por De Bruyne, Lukaku subiu, não alcançou a bola, mas Alderweireld apareceu logo atrás para testar com força para o fundo das redes, sem dar chance ao goleiro adversário.
O inspiradíssimo camisa 7 da Bélgica, quatro minutos após dar assistência para gol, teve grande oportunidade para ampliar, quando recebeu lançamento pela direita, disparou e fuzilou. O veterano Király mostrou reflexo e bom posicionamento para executar a defesa.
O domínio belga seguiu intenso, apesar de susto em chute de Dzsudzsák, aos 24 minutos, que parou em defesa de Courtois. Aos 35, De Bruyne mais uma chance, dessa vez em cobrança de falta, que explodiu no travessão, depois que Király chegou a tocar de leve na bola.
O susto para os húngaros foi sucedido por uma ótima oportunidade da seleção, que tirou o fôlego dos torcedores do Diabos Vermelhos. Aos 38, Lovrencsics recebeu na intermediária e soltou uma bomba, que passou muito perto do ângulo esquerdo defendido por Courtois.
A seleção da Bélgica respondeu aos 41 minutos, quando Mertens foi acionado na área e, à queima-roupa, fuzilou Király, que voltou a fazer ótima intervenção, na última grande oportunidade de gol durante a etapa inicial.
No segundo tempo, apesar da vantagem, os Diabos Vermelhos seguiram pressionando. Logo no primeiro minuto, Hazard obrigou o goleiro adversário a trabalhar de novo. A Hungria demorou menos do que na etapa inicial e conseguiu criar a primeira oportunidade aos 5, em chute de Szalai para fora.
Três minutos após a finalização, o atacante do Hannover 96 teve a chance mais clara de balançar as redes, após acertar cabeçada após cruzamento certeiro de Dzsudzsák e só não acertar o gol por causa de desvio providencial de Vermaelen, que acabou cortando para escanteio.
Apesar de bom lance belga aos 14, quando Mertens perdeu boa oportunidade, os húngaros seguiram mais ousados no setor ofensivo. Aos 20 minutos, Pintér ficou muito próximo de surpreender Courtois, em batida da entrada da área que o goleiro precisou se esticar todo para defender e colocar para escanteio.
Em seguida, aos 23, o meia que entrou em campo de última hora apareceu outra vez, fazendo levantamento na área e encontrando o zagueiro Juhász, que mostrou categoria, matou no peito e bateu cruzado, em bola que tirou tinta da trave direita da Bélgica.
O técnico Marc Wilmots mexeu no ataque no decorrer da etapa final, colocando Carrasco e Batshuayi nos lugares de Mertens e Lukaku, respectivamente. Aos 33, o primeiro conseguiu o escanteio, e após a cobrança de De Bruyne, Hazard pegou sobra na esquerda e serviu o segundo, que balançou as redes.
Mal houve tempo para a Hungria sentir o golpe e, aos 35, o camisa 10 da Bélgica matou o jogo, em contra-ataque fulminante. De Bruyne serviu Hazard, que dominou na esquerda, cortou para o meio se livrando de três marcadores e fuzilou para vencer Király mais uma vez.
Nos instantes finais, a Hungria até assustou, com Elek, que obrigou Courtois a fazer grande defesa aos 45. No lance seguinte, no entanto, os Diabos Vermelhos partiram em contra-ataque, em que Nainggolan serviu Carrasco, que marcou o quatro e decretou a primeira goleada da Euro.
Ficha técnica:.
Hungria: Király; Lang, Guzmics, Juhász (Bode) e Kádár; Nagy, Gera (Elek), Lovrencsics, Pintér (Nicolic) e Dzsudzsák; Szalai. Técnico: Bernd Storck.
Bélgica: Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen e Vertonghen; Nainggolan, Witsel e De Bruyne; Mertens (Carrasco), Lukaku (Batshuayi) e Hazard (Fellaini). Técnico: Marc Wilmots.
Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia), auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.
Gols: Alderweireld, Batshuayi, Hazard e Carrasco (Bélgica).
Cartões amarelos: Kádár, Lang, Elek e Szalai (Hungria); Vermaelen, Batshuayi e Fellaini (Bélgica).
Estádio Municipal de Toulouse (França).
A aclamada "ótima geração" dos Diabos Vermelhos carimbou passaporte ao 'top-8' continental, dois anos após alcançar a mesma fase da Copa do Mundo, com gols do zagueiro Toby Alderweireld, no primeiro tempo, do atacante Michy Batshuayi, do meia Eden Hazard e do atacante Yannick Carrasco, na etapa complementar.
Esta foi a primeira fez na atual edição da competição continental que uma seleção conseguiu superar outra por quatro gols de diferença. Na primeira fase, os belgas chegaram a bater os irlandeses por 3 a 0, mesmo placar das vitórias de Gales, Espanha e Alemanha sobre Rússia, Turquia e Eslováquia, respectivamente.
No duelo para voltar às semifinais da Euro após 36 anos, a Bélgica terá que superar os galeses, na próxima sexta-feira, em Lille. Ontem, Bale e companhia superaram a Irlanda do Norte, em partida entre integrantes do Reino Unido, por 1 a 0.
A Hungria, por sua vez, dá adeus ao torneio após surpreender no grupo F, ficando a frente, inclusive de Portugal. A ausência mais sentida, sem dúvida, será a do goleiro Gábor Király, mais velho a disputar o torneio, que mais uma vez com a calça de moletom que se tornou um amuleto, teve grande atuação.
Hoje, os dois técnicos tiveram problemas na hora de escalar as equipes. Na Hungria, o lateral-direito Attila Fiola, que se lesionou na estreia, seguiu dando lugar a Tamás Kádár. Na Bélgica, o volante Mousa Dembélé e o meia-atacante Yannick Carrasco, titulares contra a Irlanda, ficaram de novo no banco, por não estarem 100% fisicamente.
Na última hora, no entanto, o comandante da seleção do Leste Europeu, o alemão Bernd Storck, ainda teve a má notícia do veto ao meia László Kleinheisler, um dos grandes nomes da primeira fase, que sentiu dores no aquecimento. Ádám Pintér, com isso, foi incluído no 11 inicial.
O começo de jogo, apesar de mostrar adversários com posturas ofensivas, teve a Bélgica mais incisiva. Aos 6 minutos, Lukaku finalizou quase que da pequena área, à esquerda do gol húngaro. No minuto seguinte, De Bruyne tentou de um pouco mais longe, parando em segura defesa de Király.
Não demorou e os Diabos Vermelhos levaram a torcida à loucura. Aos 10 minutos, após cobrança de falta da esquerda executada por De Bruyne, Lukaku subiu, não alcançou a bola, mas Alderweireld apareceu logo atrás para testar com força para o fundo das redes, sem dar chance ao goleiro adversário.
O inspiradíssimo camisa 7 da Bélgica, quatro minutos após dar assistência para gol, teve grande oportunidade para ampliar, quando recebeu lançamento pela direita, disparou e fuzilou. O veterano Király mostrou reflexo e bom posicionamento para executar a defesa.
O domínio belga seguiu intenso, apesar de susto em chute de Dzsudzsák, aos 24 minutos, que parou em defesa de Courtois. Aos 35, De Bruyne mais uma chance, dessa vez em cobrança de falta, que explodiu no travessão, depois que Király chegou a tocar de leve na bola.
O susto para os húngaros foi sucedido por uma ótima oportunidade da seleção, que tirou o fôlego dos torcedores do Diabos Vermelhos. Aos 38, Lovrencsics recebeu na intermediária e soltou uma bomba, que passou muito perto do ângulo esquerdo defendido por Courtois.
A seleção da Bélgica respondeu aos 41 minutos, quando Mertens foi acionado na área e, à queima-roupa, fuzilou Király, que voltou a fazer ótima intervenção, na última grande oportunidade de gol durante a etapa inicial.
No segundo tempo, apesar da vantagem, os Diabos Vermelhos seguiram pressionando. Logo no primeiro minuto, Hazard obrigou o goleiro adversário a trabalhar de novo. A Hungria demorou menos do que na etapa inicial e conseguiu criar a primeira oportunidade aos 5, em chute de Szalai para fora.
Três minutos após a finalização, o atacante do Hannover 96 teve a chance mais clara de balançar as redes, após acertar cabeçada após cruzamento certeiro de Dzsudzsák e só não acertar o gol por causa de desvio providencial de Vermaelen, que acabou cortando para escanteio.
Apesar de bom lance belga aos 14, quando Mertens perdeu boa oportunidade, os húngaros seguiram mais ousados no setor ofensivo. Aos 20 minutos, Pintér ficou muito próximo de surpreender Courtois, em batida da entrada da área que o goleiro precisou se esticar todo para defender e colocar para escanteio.
Em seguida, aos 23, o meia que entrou em campo de última hora apareceu outra vez, fazendo levantamento na área e encontrando o zagueiro Juhász, que mostrou categoria, matou no peito e bateu cruzado, em bola que tirou tinta da trave direita da Bélgica.
O técnico Marc Wilmots mexeu no ataque no decorrer da etapa final, colocando Carrasco e Batshuayi nos lugares de Mertens e Lukaku, respectivamente. Aos 33, o primeiro conseguiu o escanteio, e após a cobrança de De Bruyne, Hazard pegou sobra na esquerda e serviu o segundo, que balançou as redes.
Mal houve tempo para a Hungria sentir o golpe e, aos 35, o camisa 10 da Bélgica matou o jogo, em contra-ataque fulminante. De Bruyne serviu Hazard, que dominou na esquerda, cortou para o meio se livrando de três marcadores e fuzilou para vencer Király mais uma vez.
Nos instantes finais, a Hungria até assustou, com Elek, que obrigou Courtois a fazer grande defesa aos 45. No lance seguinte, no entanto, os Diabos Vermelhos partiram em contra-ataque, em que Nainggolan serviu Carrasco, que marcou o quatro e decretou a primeira goleada da Euro.
Ficha técnica:.
Hungria: Király; Lang, Guzmics, Juhász (Bode) e Kádár; Nagy, Gera (Elek), Lovrencsics, Pintér (Nicolic) e Dzsudzsák; Szalai. Técnico: Bernd Storck.
Bélgica: Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen e Vertonghen; Nainggolan, Witsel e De Bruyne; Mertens (Carrasco), Lukaku (Batshuayi) e Hazard (Fellaini). Técnico: Marc Wilmots.
Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia), auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.
Gols: Alderweireld, Batshuayi, Hazard e Carrasco (Bélgica).
Cartões amarelos: Kádár, Lang, Elek e Szalai (Hungria); Vermaelen, Batshuayi e Fellaini (Bélgica).
Estádio Municipal de Toulouse (França).
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