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China pediu que Rússia adiasse guerra para depois da Olimpíada, diz jornal

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin - REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin Imagem: REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo

Do UOL, em São Paulo

02/03/2022 22h22

As autoridades chinesas pediram que a Rússia adiasse a invasão da Ucrânia para depois dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, segundo publicou o jornal The New York Times nesta quarta-feira (2). O jornal, um dos principais dos Estados Unidos, citou que a informação consta em um relatório produzido pelo serviço de Inteligência dos governos ocidentais.

O diário ainda cita que consultou pessoas dos governos europeus e de Joe Biden familiarizados com o documento.

O relatório aponta que a China tinha conhecimento prévio dos planos do presidente russo Vladimir Putin. Ele se encontrou com presidente da China, Xi Jinping, no dia 4 de fevereiro, dia da abertura dos Jogos de Pequim.

Em informe conjunto a respeito da reunião, China e Rússia informaram à época que a parceria entre os dois países "não tem limites", criticaram a expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e afirmaram que estabeleceriam uma nova ordem global com verdadeira "democracia".

A cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Pequim foi em 20 de fevereiro. A invasão russa à Ucrânia foi iniciada na madrugada de 24 de fevereiro.

Em resposta ao New York Times, a porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, negou que seu governo tivesse conhecimento dos planos de Putin.

"Essas alegações são especulações sem qualquer base e pretendem transferir a culpa e difamar a China", informou Pengyu.

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral: