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Medina iguala maior ídolo e se isola como principal nome do surfe atual

O maior ídolo de Gabriel Medina é o australiano Mick Fanning, tricampeão mundial de surfe - Kelly Cestari/World Surf League via Getty Images
O maior ídolo de Gabriel Medina é o australiano Mick Fanning, tricampeão mundial de surfe Imagem: Kelly Cestari/World Surf League via Getty Images

Gustavo Setti

Do UOL, em São Paulo

14/09/2021 19h50

Gabriel Medina já pode se colocar na mesma prateleira de seu maior ídolo, o australiano Mick Fanning. O brasileiro venceu o WSL Finals, hoje, nos Estados Unidos, e igualou Fanning como tricampeão do Circuito Mundial de Surfe. E melhor, se isolou como o principal nome da atual geração do surfe.

Medina conquistou seu primeiro título mundial em 2014. O bi demorou um pouco, mas saiu em 2018. O tri quase veio no ano seguinte, mas Italo Ferreira impediu a nova conquista do surfista de Maresias. Como o Circuito não foi realizado em 2020 por causa da pandemia de coronavírus, as disputas regressaram na temporada 2021, que começou em dezembro do ano passado.

Medina foi dominante ao longo do ano, chegou ao WSL Finals como líder do ranking mundial e confirmou o favoritismo com as vitórias contra Filipe Toledo, que mais uma vez ficou no quase.

O tri de Medina agora é mais um argumento para os defensores do surfista de Maresias: ele ultrapassa o havaiano John John Florence, bicampeão em 2016 e 2017, e um de seus principais rivais nos últimos anos.

Medina e John John foram os maiores nomes que surgiram no esporte na última década em uma geração que veio depois de lendas como Kelly Slater e o próprio Fanning.

E tem mais: o tricampeonato deixa Medina ainda mais em destaque como grande nome da Brazilian Storm, a tempestade brasileira que causou impacto no surfe competitivo. No começo do dia, ele poderia ter visto Italo igualá-lo com dois títulos mundiais, mas Gabriel agora é ainda mais dominante como maior campeão brasileiro no Circuito Mundial.

São cinco títulos mundiais do Brasil: três de Medina, um de Italo (2019) e um de Adriano de Souza (2015), o Mineirinho.