Presidente do COB fala sobre novos tempos e renúncia de Nuzman: "Alívio"
Após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman da presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, presidente efetivado no cargo, falou sobre os próximos passos da entidade. O novo mandatário não negou que o momento é terrível, mas disse que o esporte, atividade fim do COB, não foi afetado pela prisão do ex-dirigente. O cartola ainda pediu a união de todos em torno da reconstrução:
"O sentimento é de que não é o momento de apontar o dedo, é hora de dar as mãos. O sentimento da comunidade é de lamento, mas o da instituição é de alívio", disse Wanderley.
Apesar de dizer que a medida foi boa sob o ponto de vista institucional, Wanderley rasgou elogios ao antecessor e disse que ninguém irá superá-lo em um determinado aspecto.
A carta de renúncia foi lida por Sérgio Mazzillo, um dos advogados ligados a Nuzman, em assembleia extraordinária nesta quarta. O dirigente assinou o documento horas antes no presídio de Benfica, onde está detido. Na correspondência, Nuzman se defende das acusações e diz que deixará o cargo para se dedicar à sua defesa.
“Venho pela presente reiterar os termos de minha correspondência, datada de 6 de outubro de 2017, em especial a minha completa exoneração de qualquer responsabilidade pelos atos a mim injustamente imputados, os quais serão devidamente combatidos pelos meios legais adequados”, disse Nuzman no documento.
Nuzman estava desde 1995 à frente do COB, tendo sido reeleito outras cinco vezes, a última delas no ano passado, quando fez um acordo político para substituir seu vice-presidente. Saiu André Richer, último presidente do COB antes de Nuzman e vice durante 20 anos, para entrar Paulo Wanderley.
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