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Murray critica patrocínio de casas de apostas ao tênis: "hipocrisia"

Murray disse que nunca foi procurado - EFE/EPA/LAURENT DUBRULE
Murray disse que nunca foi procurado Imagem: EFE/EPA/LAURENT DUBRULE

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 09h00

O escândalo que abalou o tênis no começo do Aberto das Austrália virou assunto comentado por todos os tenistas. Andy Murray, número dois do mundo, chegou a questionar o regulamento da Associação de Tenistas Profissionais que permite patrocínio de casas de apostas a torneios.

“Eu acho que é um pouco hipócrita, realmente. Eu não acredito que os jogadores sejam autorizados a ser patrocinados por empresas de apostas, mas, em seguida, os torneios são. Eu realmente não entendo como tudo funciona. Eu acho que é um pouco estranho”, falou.

A declaração de Murray surge um dia após a BBC e Buzz Feed revelarem um escândalo que um grupo de 16 jogadores estão envolvidos em um caso de entrega de resultado no tênis. No entanto, os veículos não publicaram os nomes.

O Aberto da Austrália, um dos principais torneios da temporada, é patrocinado pela casa de apostas William Hill. O assunto já havia sido falado sobre Novak Djokovic.

“Independente de você querer ou não ter companhias de apostas envolvidas em grandes torneios em nosso esporte, é difícil dizer o que é certo e o que é errado”, afirmou.

Ao contrário de Djokovic, que foi sondado para receber R$ 800 mil para entregar um jogo, Murray disse que nunca foi procurado, mas disse que os tenistas podem cometer esse erro quando são mais novos.

“Eu sou consciente em relação a isso desde jovem e acho que quando as pessoas vêm com grandes somas de dinheiro quando você está naquela idade, algumas pessoas podem cometer erros”, disse antes de pedir mais “instruções” para os atletas mais novos.