Em 4 anos, quatro tenistas já foram banidos do esporte por corrupção
Os casos de corrupção no tênis não são novas. Desde 2011, quatro tenistas já foram banidos do esporte por causa da manipulação de resultados. A mais recente aconteceu com o grego Alexandros Jakupovic, punido em 29 de setembro de 2015.
As acusações sobre o grego, que teve como melhor posição nas duplas da ATP o 267º, davam conta de manipulação de resultados, seja por proposta a rivais, convidar outros atletas para vender resultados de jogos e por vender resultados de seus jogos.
Além de Jakupovic, outros três tenistas tiveram a mesma punição: David Savic (Sérvia), Sergei Krotiouk (Rússia) e Daniel Koellerer (Áustria).
No caso de Savic, ele teria manipulado jogos em outubro de 2010. Em uma apelação, o tenista acabou sendo liberado para se tornar treinador, após março de 2016. Como tenista, a 363º foi sua melhor posição no ranking da ATP.
A manipulação de jogos pela qual Sergei Krotiouk teria se envolvido aconteceu entre 2012 e 2013. Já a de Daniel Koellerer foram entre 24 de outubro de 2009 e 3 de julho de 2010. Ambos receberam multas e foram banidos do esporte.
Além dos quatro, outros sete tenistas já foram punidos por manipulação de resultados, mas sem terem sido banidos do esporte:
Piotr Gadomski (24 anos, polonês) – multa e suspensão de sete anos
Arkadiusz Kocyla (22 anos, polonês) – multa e suspensão de cinco anos
Ivo Klec (35 anos, eslovaco) – multa e suspensão de dois anos
Walter Trusendi (31 anos, italiano) – multa e suspensão de seis meses
Elie Rousset (26 anos, francês) – multa e suspensão de seis meses (revertida para três meses)
Yannick Ebbinghaus (25 anos, holandês) - multa e suspensão de seis meses
Lucas Renard (23 anos, sueco) – suspenso por seis meses (revertido para dois meses)
TV aponta novo caso de corrupção no tênis
Nesta segunda-feira (18), a BBC e o site BuzzFeed News denunciaram que 16 tenistas participaram da manipulação de resultados ao longo dos últimos dez anos e que a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) teria acobertado os casos, o que foi prontamente negado pela entidade.
À emissora, o presidente da ATP, Chris Kermode, assegurou que nenhuma evidência de resultado arranjado "foi ignorado por qualquer razão". Mesmo assim, diante das novas acusações, prometeu que a entidade irá "investigar qualquer nova informação".
Segundo a BBC, os casos envolvem apostas oriundas de Rússia e Itália e incluiriam três partidas da chave principal de Wimbledon, embora as edições do torneio não sejam reveladas.
Também de acordo com a emissora britânica, autoridades do tênis mundial receberam um relatório que apontava o envolvimento de 28 atletas da modalidade em casos suspeitos, mas as descobertas não foram levadas adiante.
A TIU introduziu uma nova política anticorrupção em 2009, mas vetou na época investigações a períodos anteriores. "Nenhuma nova investigação a respeito dos jogadores mencionados no relatório de 2008 foi aberta", declarou um porta-voz da Unidade.
Os veículos responsáveis pela denúncia asseguraram contar com os nomes dos tenistas envolvidos nas investigações – muitos deles estariam "no radar das autoridades do tênis por envolvimento em partidas suspeitas desde 2003". Os atletas tiveram suas identidades preservadas, mas a BBC diz que oito deles estão no Aberto da Austrália 2016.
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