Topo

Paralimpíadas: Brasil tem medalhas com super arrancada e ao som de Beyoncé

Patricia Pereira, Daniel Dias, Joana Maria e Talisson Glock, bronze no revezamento - Dean Mouhtaropoulos/Getty Images
Patricia Pereira, Daniel Dias, Joana Maria e Talisson Glock, bronze no revezamento Imagem: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images

Denise Mirás

Colaboração para o UOL, de São Paulo

26/08/2021 12h21

Daniel Dias conquistou hoje em Tóquio mais duas medalhas para o Brasil, chegando ao total de 27 em sua carreira na natação nos Jogos Paralímpicos. O bronze dos 100m livre da classe S5 foi alcançado com uma arrancada sensacional, especialmente nos últimos dez metros, para fechar 1min10s80, com prata do chinês Lichao Wang, com 1min10s45, e vitória do italiano Francesco Bocciardo, com 1min09s56. Daniel ainda formou a equipe mista do 4x50m livre 20 pontos, que também chegou ao bronze, com recorde mundial da China, seguida da Itália.

Além da natação, o Brasil conquistou mais duas medalhas de prata hoje, com o cavaleiro Rodolpho Riskalla no paradestramento categoria grau IV e Jovane Guissone, na categoria B da espada da esgrima em cadeira de rodas.

Com isso, o Brasil termina o segundo dia das Paralimpíadas de Tóquio em 10° lugar no quadro de medalhas, com uma de ouro, três de prata e quatro de bronze. A China é a líder, com oito medalhas de ouro, cinco de prata e dez de bronze.

No centésimo de segundo

Nos 100m livre da classe S5 da natação, Daniel Dias era quinto colocado na virada dos 50 metros, mas cresceu na segunda metade da prova. A cinco metros da chegada ainda era quinto, mas com um sprint impressionante conseguiu deixar dois adversários para trás.

Na final do 4x50m livre 20 pontos, o bronze do Brasil veio com Patrícia Santos (S4), Daniel Dias (S5), Joana Maria (S5) e Talisson Glock (S6), no tempo de 2min24s82. A prata foi da Itália, com 2min21s45, e o ouro, da China, com um recorde mundial: 2min15s49. Novamente não faltou emoção: o Brasil fechou o bronze dos 4x50m livre misto 20 pontos sobre a Ucrânia, com vantagem de apenas 0s07, conseguida por Talisson Glock.

A natação soma seis das oito medalhas do Brasil, sendo três bronzes de Daniel, mais o bronze de Phelipe Rodrigues nos 50m livre da classe S10, a prata de Gabriel Araújo dos 100m costas da classe S2 e o ouro de Gabriel Bandeira nos 100m, borboleta da classe S14.

Prata no hipismo e na esgrima

Rodolpho Riskalla, paradestramento - Wander Roberto/CPB - Wander Roberto/CPB
Rodolpho Riskalla, prata no paradestramento de Tóquio-2020
Imagem: Wander Roberto/CPB

Vindo do adestramento convencional, o paulistano Rodolpho Riskalla, de 36 anos, que mora na França, conquistou a primeira medalha brasileira no paradestramento. Foi prata com o cavalo "Don Henrico", ao som de "Aquarela do Brasil" e Beyoncé, pela categoria grau IV, ao somar 74,659% de aproveitamento. O ouro foi para a holandesa Sanne Voets, com "Demantour", que fez 76,585% — ela defendeu o título do Rio-2016 e é a atual campeã europeia. O bronze ficou para a belga Manon Claeys com "San Dior", que fez 72,853%.

Jovane Guissone, esgrima em cadeira de rodas - Takuma Matsushita/ CPB - Takuma Matsushita/ CPB
Jovane Guissone foi prata na espada em Tóquio-2020
Imagem: Takuma Matsushita/ CPB

Na esgrima de cadeira de rodas, Jovane Guissone - um dos grandes nomes do paralimpismo brasileiro - terminou com a prata diante do campeão Alexander Kuzyukov, da Rússia, que fechou 15 a 8 na final da categoria para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio.

Dos esportes que seguem em fase de classificação, a seleção masculina de goalball perdeu dos Estados Unidos (prata no Rio-2016) por 8 a 6, e enfrenta a Argélia no próximo jogo. A feminina enfrenta o Japão nesta quinta-feira (27). Das 11 partidas no tênis de mesa, venceram suas partidas Carlos Carbinatti, Joyce de Oliveira, Bruna Costa Alexandre, Israel Stroh e Luiz Felipe Guarnieri Manara.