Dirigente da CBDA preso recebia recursos de convênios como terceirizado
A proposta enviada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) ao Ministério do Esporte para firmar convênio com o intuito de preparar a seleção brasileira masculina de polo aquático para os Jogos do Rio deixava claro que Ricardo Cabral tinha cargo na entidade.
Ricardo Cabral foi um dos quatro dirigentes presos nesta quinta-feira, na Operação Águas Claras, que investiga o desvio de recursos públicos
No organograma apresentado ao Ministério do Esporte, ele era apontado como coordenador técnico de polo aquático.
Isso, porém, não impediu Cabral de receber parte dos recursos do convênio como profissional contratado pela CBDA. É o que mostram alguns contratos obtidos pelo UOL Esporte junto ao SINCOV, sistema de monitoramento de convênios do governo federal.
Em diversos desses contratos, Cabral recebeu R$ 2 mil para realizar a “prestação de serviços de coordenação de arbitragem” de pelo menos cinco torneios realizados com recursos do convênio, como o Troféu Olga Pincirolli (Campeonato Brasileiro Feminino adulto) e a Taça Brasil Sub-13. O próprio Coaracy Nunes assinava a contratação.
O projeto enviado ao Ministério do Esporte ainda incluía a contratação do dirigente da CBDA para ministrar quatro palestras para árbitros, no Rio, em São Paulo, Fortaleza e Curitiba. Em cada uma delas, ele recebeu R$ 4 mil.
Coaracy e mais 2 foram presos
A Polícia Federal prendeu três pessoas e encaminhou outras cinco de forma coercitiva para unidades da polícia no Rio de Janeiro e São Paulo. A Operação Águas Claras investiga desvio de verbas públicas que foram repassadas para a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Todos os detidos estavam no Rio de Janeiro e integravam a cúpula da entidade que rege a natação, polo aquático, nado sincronizado, saltos ornamentais e maratona aquática. Moura, inclusive, era cotado para ser candidato à eleição da entidade. No momento, a CBDA é presidida interinamente pelo interventor judicial Gustavo
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