Topo

"Gordinho da rifa" não vence, mas Brasil conquista quatro bronzes no Mundial de sumô

Hong Kong, na Ásia, recebeu o 18º Campeonato Mundial de sumô no último domingo - AFP
Hong Kong, na Ásia, recebeu o 18º Campeonato Mundial de sumô no último domingo Imagem: AFP

Francisco De Laurentiis

Do UOL, em São Paulo

29/10/2012 13h15

A luta mais difícil dos atletas brasileiros no 18º Mundial de sumô foi a de levantar recursos para participar da competição. Cada sumotori precisou de R$ 4,5 mil para viajar a Hong Kong, na Ásia, e alguns fizeram até rifa de TV, aparelho de som e bebidas para conseguir disputar o torneio. Percalços à parte, o Brasil teve boa participação no Mundial, disputado no último domingo, e terminou com duas medalhas de bronze no Adulto e mais duas, também de bronze, no Juvenil (que foi no sábado).

JUVENIL TAMBÉM VAI BEM

  • Dorotéia da Costa conquistou bronze no peso-médio feminino, enquanto Rui Jr. também ficou em terceiro no absoluto masculino

Luciana Watanabe, no peso-leve feminino, e Ricardo Tadeshi Aoyama, no peso-médio masculino, foram os responsáveis por colocar o Brasil no pódio da competição, na categorial Adulto. Já no Juvenil, Dorotéia da Costa ficou em terceiro no peso-médio feminino, enquanto Rui Aparecido de Sá Júnior ficou com o bronze na categoria absoluto masculino.

Já Willian Takahiro Higuchi, que ficou conhecido como "Gordinho da rifa" ao organizar um sorteio no bairro da Liberdade, em São Paulo, para angariar fundos e bancar sua participação no Mundial, foi eliminado em sua segunda luta. "Ele deu azar e pegou o último campeão, que foi campeão de novo esse ano, e caiu logo de cara, infelizmente. Mas lutou muito bem", disse Takaaki Kimoto, da Confederação Brasileira de Sumô, ao UOL Esporte.

A boa participação no 18º Mundial, inclusive, contrasta a tradição e o amadorismo do Brasil no sumô. Enquanto a Confederação depende do trabalho de voluntários e os atletas precisam se virar para juntar dinheiro e disputar competições, o país segue conquistando medalhas mesmo sem apoio. Em anos passados, Fernanda Pereira e Cláudio Ikemori já conquistaram até medalhas de ouro.