'Torcedor', novo diretor do São Paulo diz que manterá trabalho de Ataíde
Com o time há cinco jogos sem vencer, o São Paulo apresentou nesta segunda-feira o novo comandante do departamento de futebol. Luiz Antônio da Cunha, que dirigia a base, substitui Ataíde Gil Guerreiro, desligado do cargo de vice-presidente de futebol e remanejado para a diretoria de relações institucionais. Em seu primeiro discurso, Cunha disse que pretende dar continuidade ao trabalho que vinha sendo realizado no departamento. Ataíde saiu por pressão e críticas tanto de conselheiros como da torcida.
- A priori, vamos continuar o trabalho do Moreno (Rubens, ex-diretor de futebol) e do Ataíde. O trabalho da base começou aqui, eu era um seguidor do Ataíde. Foi fruto de um trabalho de nossos antecessores na diretoria e a chefia forte e cobradora do Ataíde. Vamos continuar esse trabalho - afirmou Luiz Cunha, apresentado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.
Na análise do São Paulo, a baixa popularidade de Ataíde prejudicava o ambiente porque toda decisão que ele tomasse, já era vista como negativa de antemão. Assim, optou-se pela mudança em comum acordo.
Luiz Cunha esteve à frente da base que se consagrou este ano com o título da Copa Libertadores Sub-20, no Paraguai. Cunha, porém, preferiu citar experiências pessoais quando perguntado sobre sua experiência no futebol.
- Quando eu ganhei minha primeira bola de futebol, eu mal sabia andar. Minha mãe sempre disse que foi o maior erro dela. Porque eu não parava de chorar se não tivesse que chutar uma bola. Depois fui jogar na rua, na várzea, e quando ficou perigoso, depois fui jogar no clube social do São Paulo. Fui de pegar quatro, cinco ônibus para ir onde o São Paulo jogava, ir ao vestiário pedir autógrafo de jogadores - contou Cunha.
O novo diretor também foi perguntado sobre o trabalho do técnico Edgardo Bauza.
- Futebol é resultado, mas a contratação de um profissional leva em conta o tempo de trabalho de maturação para que os resultados venham. Eu estive pouco com ele, apenas dois dias, mas criei a convicção de que a contratação dele foi muito bem feita, e ele terá de mim todo apoio para maturar o trabalho dele, e trazer os resultados que a gente espera - elogiou.
Luiz Cunha também deu uma ideia do que o torcedor pode esperar dele. Ele se denominou um torcedor mais informado.
- O torcedor pode esperar que tem um representante na diretoria de futebol do São Paulo. Não sou outra coisa que não um torcedor, mas mais informado, que sente a necessidade de atender ao que ele espera. Fazer de tudo o que for possível para que a massa do torcedor fique feliz com esse torcedor aqui - decretou.
Com a saída de Luiz Cunha da base, assume o posto Marcos Francisco de Almeida. Rubens Moreno deixa a diretoria de futebol profissional e não faz mais parte da cúpula. Ataíde Gil Guerreiro assume a diretoria de relações institucionais e Gustavo Vieira de Oliveira segue como diretor-executivo.
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