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Após três vices, Abel encontra primeira 'pressão' no Palmeiras

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

25/05/2021 06h00

O início de trabalho de Abel Ferreira no Palmeiras foi melhor do que o torcedor mais otimista poderia esperar. Em pouco menos de quatro meses, o técnico português levou o time alviverde à conquista de dois dos mais importantes títulos que o clube disputa, caindo nas graças dos palmeirenses. No entanto, após alguns tropeços, o treinador encara pela primeira vez um cenário de maior cobrança.

O início de temporada do Palmeiras é instável e marcado por derrotas nas três decisões em que esteve presente. A equipe foi derrotada pelo Flamengo na Supercopa do Brasil, pelo Defensa y Justicia na Recopa Sul-Americana e pelo São Paulo no Campeonato Paulista.

Os três revezes aconteceram em um intervalo de um mês e meio. Perguntado sobre o impacto das derrotas no estado anímico do elenco e no planejamento para o restante da temporada, Abel optou por encarar a situação de maneira positiva.

"Isso é como olhar para o copo meio cheio. Eu prefiro chegar às finais e ganhá-las, mas prefiro chegar às finais. Porque, para chegar, é preciso trabalhar, ter competência e uma equipe focada. Temos estado em todas as finais. Quem quiser valorizar, valoriza. Quem quiser criticar, porque perdemos, pode criticar", disse.

"Minha vida é feita assim. Sei que, às vezes, vocês me conhecem dentro das quatro linhas. Dentro de campo, o negócio é competir para ganhar. Fora de campo, é outro. Portanto, quero dizer uma coisa para quem está em casa: Umas vezes chorei, outras vezes perdi, mas mil emoções eu vivi", finalizou Abel, inspirado pelo cantor Roberto Carlos.

O Palmeiras também foi derrotado pelo São Paulo na primeira fase do Paulista. Após o revés por 1 a 0 no Allianz Parque, os muros do estádio foram pichados por um grupo de torcedores. Dentre as intervenções, uma delas dizia: "Acorda Abel". Após esse episódio, o técnico português mandou um recado: não quer estar em um lugar no qual é visto como um obstáculo.

"Quando eu for o problema do clube, deixo de ser o problema, nós resolvemos internamente. Podem pintar à vontade o muro, nós depois pintamos de verde novamente. Eu só peço para que essas mesmas pessoas não tenham memória curta e lembrem do que esse elenco fez há pouco tempo", pontuou o treinador à época.

Apesar dos resultados negativos neste início de temporada, as conquistas da Copa Libertadores e da Copa do Brasil ainda dão total respaldo para Abel no comando do Palmeiras. Foi sob o comando do treinador que a equipe voltou a levantar o troféu do torneio continental depois de 21 anos.

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