Santos tem dívida de curto prazo de mais de R$ 150 milhões e precisa reduzir a folha em 30%: "Só vamos respirar quando vendermos jogador"
O presidente Andres Rueda explicou a situação financeira do Santos em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira. E o momento é bem difícil para o Peixe.
A dívida de curto prazo é do mínimo R$ 150 milhões até o fim do ano. E o Alvinegro precisa reduzir a folha salarial em 30%. O respiro econômico só virá com venda de atletas.
"Por baixo, R$ 150 a R$ 180 milhões. Até o final do ano... Se paga essa dívida com receitas recorrentes, renegociando contrato a contrato, mas é difícil. Dívidas estão há muito tempo sendo levadas. Quanto mais antiga a dívida, mais difícil fica. Há dívidas renegociadas três vezes. Um exemplo: R$ 8 milhões em dívida. Em dois anos, nada se paga, renegociada três vezes e o principal dela hoje tem R$ 14 milhões. Contamos com a falta de credibilidade desses credores hoje. Temos que renegociar, alongar a dívida. Só vamos respirar quando vendermos jogador, infelizmente. Vamos tirar o nariz da linha d'água com entrada significativa de venda de jogador", disse Rueda.
"O Santos tem uma folha, sem encargos, beirando os R$ 8 milhões. No futebol, os encargos são de 40 ou 50%. Coisa de R$ 12 milhões. Não encaixa, não dá. Preciso derrubar, de qualquer maneira, o custo da folha para R$ 5,5 ou R$ 6 milhões sem encargos. Vai doer na carne, não tem como. Sem isso, não vamos viabilizar o clube. Não é só torcer para ter um raio, brigar para ter colocações em campeonato... Santos tem que entrar para ganhar campeonato. Queria ter dinheiro sobrando para contratar o que há de melhor no mercado. Para chegarmos nisso, vamos sofrer. Ninguém gosta de fazer, não é agradável demitir e enxugar a folha, mas nosso propósito na gestão é corrigir e colocar o Santos no caminho correto", completou.
A dívida total do Santos é de cerca de R$ 700 milhões. Mesmo assim, os salários na CLT estão em dia. O Peixe deve apenas a premiação da semifinal da Libertadores da América.
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