Fábio Santos 'aceita' aposentadoria e conta desafios como comentarista

Fábio Santos já se adaptou ao status de jogador aposentado e agora tenta evoluir como comentarista. Ele foi contratado pelos canais ESPN.

O que aconteceu

Fábio Santos pendurou as chuteiras em dezembro pelo Corinthians e não demorou a se recolocar no mercado do futebol, agora em outra função.

Após experiência na Cazé TV, o ex-lateral aceitou a proposta da ESPN e estreou na semana passada.

Aos 38 anos, ele entende que tem muito a transmitir de vivência no futebol, mas não quer que essa experiência fale mais alto em relação aos que convivem com o jornalismo há mais tempo. A ideia é mais aprender que ensinar.

Não é porque eu joguei mais de 20 anos profissionalmente e jogo bola desde os meus seis anos de idade que eu vou saber mais de futebol do que outra pessoa, muito pelo contrário. Sei muito bem aonde estou chegando, respeitando os profissionais que estudaram para isso Fábio Santos, ao UOL

Veja outros trechos da entrevista

As primeira semanas sem jogar futebol

"Sobre a questão da aposentadoria, eu acho que foi tudo muito bem resolvido. No final do ano passado teve um ponto final. Eu acho que teve um sinal muito bacana de anos de carreira, mais de 20 anos de jogador profissional. Então, fiquei muito satisfeito com o que aconteceu durante essa carreira toda. E os primeiros passos foram os mesmos passos de vida. Procurei viajar bastante, momentos que dificilmente nós conseguiríamos aproveitar. Então, óbvio que está tudo muito recente ainda, mas tenho me adaptado muito bem à vida de aposentado."

A transição para ser comentarista

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"Na verdade, o convite para virar comentarista foi até mais rápido do que eu imaginava. Óbvio que a comunicação sempre esteve no meu radar, mas enxergava também a gestão ou a parte técnica como uma das opções pós-carreira, mas em janeiro já surgiram alguns convites e um desses convites foi o da Cazé TV para eu comentar o Campeonato Paulista, os jogos do Corinthians em especial. Eu acho que como um teste, como um aprendizado para ver se realmente eu gostava e pudesse dar sequência nesse caminho da comunicação. Eu acho que foi muito importante. E esse foi um dos motivos para eu ter aceitado esse desafio da e foi uma experiência muito bacana. Gostei bastante do que eu experimentei e esses foram os primeiros passos na comunicação."

Quais suas referências?

"Existem vários bons comentaristas, eu gosto de escutar bastante. Respeito a opinião de todos, alguns de opiniões diferentes que eu gosto de acompanhar também. Óbvio que eu foco mais em ex-atletas, que têm uma visão um pouco diferente, mas tem grandes profissionais. Não tem um que eu me espelhe na função, mas respeito todos, tanto os jornalistas como os ex-atletas. Eu acho que tem muita gente bacana falando de futebol e podendo acrescentar muitas coisas para os telespectadores."

Quais as maiores dificuldades?

"Eu acho que o maior desafio nesse momento, primeiro, é se adaptar o mais rápido possível. Não é porque eu joguei mais de 20 anos profissionalmente e jogo bola desde os meus seis anos de idade que eu vou saber mais de futebol do que outra pessoa, muito pelo contrário. Sei muito bem aonde estou chegando, respeitando os profissionais que estudaram para isso. Então, acho que eu estou chegando nessa nova fase muito mais aprender do que ensinar alguma coisa. Óbvio que tenho bastante coisa a acrescentar no dia a dia, mas o maior desafio eu acho que é poder expor a minha opinião de uma forma respeitosa e sabendo da responsabilidade, de tamanha responsabilidade que está na televisão e passando a informação para a pessoa que está em casa. Acredito que esse é o maior desafio: passar uma informação bacana sabendo da responsabilidade que nós temos."

O que projeta para Libertadores e Sul-Americana?

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"Falando de Libertadores e Sul-Americana, acredito que ainda vejo as equipes brasileiras como as principais favoritas na Libertadores. Equipes que já vêm jogando vários anos seguidos essa competição e têm chegado em finais, como Flamengo, Palmeiras, São Paulo voltando a disputar essa competição tão importante. O Atlético Mineiro também chega muito forte, então vejo ainda nas equipes brasileiras o favoritismo na Libertadores e na Sul-Americana também, que tem crescido a cada ano. As equipes têm valorizado muito mais essa competição, que além do título, dá vagas importantes para outras competições. Também enxergo na Sul-Americana os brasileiros como favoritos e o Corinthians como principal favorito para essa competição internacional que vem muito bem. Enfim, tanto na Libertadores como na Sul-Americana, eu acho que os brasileiros têm grandes chances de ser campeões."

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