Copa 2023: 'Se estivesse lá, o pau ia torar no vestiário', diz Cristiane

A atacante Cristiane criticou a campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Em entrevista ao Trivela, a jogadora — que não foi convocada — também reprovou a passividade da comissão técnica.

O que aconteceu

Cristiane afirmou que "se eu estivesse lá [na Copa do Mundo], o pau ia torar no vestiário". Ela criticou a postura da comissão de Pia Sunghage e cobrou um melhor resultado do Brasil.

A atacante ainda falou sobre o nível do Mundial, "extremamente abaixo do que eu já vi e do que eu já joguei". Para ela, a Copa está muito física e não técnica.

Apesar de ter sido "esquecida" por Pia, Cristiane sonha com o retorno à seleção brasileira. A atacante de 38 anos é a artilheira do Santos na temporada, com 11 gols em 21 jogos.

O próximo grande compromisso da seleção brasileira feminina serão os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Eu não sei se as pessoas têm noção do quanto foi grave essa eliminação. Acho que as pessoas ainda não se ligaram da gravidade, do que foi ter saído da Copa do Mundo dessa maneira. É extremamente vergonhoso Cristiane

O que Cristiane disse

Passividade da comissão técnica: "A passividade, principalmente a que a comissão técnica teve na beira do campo. Isso me irritou muito num nível, sabe? É por isso que eu não estava lá, porque a minha reação não ia ser aquela. Se eu estivesse lá, o pau ia torar no vestiário. Eu não sou assim, essa pessoa passiva, de só aceitar que está saindo fora da maior competição que existe no planeta de boa. Eu estou muito brava".

Sonhar alto: "A gente tem essa mania de pensar que o Brasil ir até as oitavas está bom. Não! Você tem que imaginar grande. O pensamento tem que ser: 'Eu vou chegar na final e acabou'. Não interessa o patamar que a gente está no ranking, não interessa o que falem da nossa geração, porque eu quero ser campeã".

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Campanha do Brasil na Copa: "É inaceitável por tudo o que foi construído em todos os anos na seleção brasileira, e também por tudo o que foi dado agora [nesta edição]. Eles fizeram o que é obrigado, porém, em aspecto de campeonato que a gente tem hoje, de competitividade que a gente tem dentro do país, de patrocínio, de marketing, de lado financeiro. Tinha que ter ido mais longe".

Retorno à seleção: "Enquanto o físico estiver aguentando bem, eu vou continuar. Não desisti. Eu sempre tive o objetivo, a dedicação. Eu nunca neguei isso pra seleção. Muito pelo contrário, sempre trabalhei, sempre me dediquei e sempre fui eu para ser convocada. Só que, infelizmente, as coisas não aconteceram".

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