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Corinthians: Como Lázaro faz Fagner atacar muito mais do que com VP

Fagner mata nova função no peito e volta a ser arma ofensiva, como nos velhos tempos - Marcello Zambrana/AGIF
Fagner mata nova função no peito e volta a ser arma ofensiva, como nos velhos tempos Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

02/02/2023 04h00

Lateral já participou diretamente de quatro gols do Corinthians na temporada.

  • Fagner voltou a ser uma peça importante no ataque após mudança tática de Fernando Lázaro.
  • Ele tem duas assistências e outros dois passes-chave nos sete gols do Corinthians no ano.
  • No ano passado, com Vítor Pereira, Fagner esteve quase sempre preso às obrigações defensivas.
  • Hoje, o desenho do meio-campo do Corinthians abre caminho para o lateral subir até a linha de fundo.

Fagner já deu passes para gol contra Água Santa e São Paulo e participou dos dois gols contra o Guarani. Ele tem uma assistência a cada 185 minutos em campo neste ano. A média é duas vezes melhor do que a do ano passado inteiro, quando teve seis assistências, uma a cada 483 minutos. Não é uma coincidência.

Ele virou o dono do lado direito no desenho montado por Lázaro. O meio-campo tem uma espécie de losango, e o jogo do Corinthians quase sempre fica concentrado no lado esquerdo, porque lá estão Renato Augusto e Róger Guedes. Em vez de um ponta direita, como em 2022, o terceiro atacante (no caso, Adson) tem liberdade para se movimentar para o meio. Assim o corredor fica livre para Fagner aparecer no ataque.

As viradas de jogo de Renato Augusto para Fagner já viraram rotina neste início de ano do Corinthians. O time atrai o adversário para o lado esquerdo, onde estão os principais jogadores, e a invertida pega a defesa desarrumada. A jogada rendeu o primeiro gol da temporada, contra o Água Santa. Contra o Guarani aconteceu o oposto: foi Fagner quem virou para Renato dar uma assistência.

O Corinthians de Fagner e cia. volta a campo no domingo (5), às 18h30 (de Brasília), quando enfrenta o Botafogo-SP pela sexta rodada do Paulistão.

O que mudou?

O Corinthians de Vítor Pereira tinha três atacantes e um ponta direita fixo, que às vezes era Gustavo Mosquito, outras vezes era Adson, e até Ramiro chegou a exercer a função. As ultrapassagens de Fagner eram raras, porque já havia alguém aberto no setor.

Com Lázaro, o esquema mudou, e não há mais ponta. O Corinthians joga quase sempre pela esquerda, e o adversário é obrigado a acompanhar. Quando a defesa deixa um clarão no lado oposto, Fagner é acionado para explorar e aparece com muito mais frequência no ataque.

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