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Mãe de Dani Alves deixa encontro com advogados do filho abalada na Espanha

Lúcia Alves, mãe de Daniel Alves, se reuniu com os advogados do jogador em Barcelona - Reprodução/La Vanguardia
Lúcia Alves, mãe de Daniel Alves, se reuniu com os advogados do jogador em Barcelona Imagem: Reprodução/La Vanguardia

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/01/2023 14h17

A mãe de Daniel Alves se reuniu hoje com os advogados do jogador em Barcelona.

  • O jornal espanhol La Vanguardia flagrou a saída de Lúcia Alves do escritório, e ela estava visivelmente abalada.
  • Ela foi abordada pelos jornalistas locais, não falou nenhuma palavra, mas indicou que confia na inocência do filho concordando ao balançar a cabeça.
  • Ney Alves, irmão de Dani, também está na Espanha para apoiar o atleta.
  • Em entrevista a uma emissora local, Ney afirmou que seu irmão caiu em uma armadilha, e que a família não vai desistir de salvar a carreira do jogador.

O que aconteceu:

  • Daniel Alves está preso preventivamente desde a última sexta (20), acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona no fim do ano passado.
  • Daniel Alves foi prestar depoimento sozinho na sexta. Ele deu sua versão diante da juíza Maria Concepción Canton Martín, mas caiu em contradição com relação ao primeiro depoimento.
  • O Ministério Público e a defesa da mulher que denunciou a agressão sexual pediram prisão provisória e a juíza aceitou o pedido, sem direito a fiança.
  • O Pumas (MEX) rescindiu seu contrato com Daniel Alves por justa causa depois da detenção.
  • O brasileiro vai ficar preso até a investigação terminar. Autoridades espanholas estão tomando depoimento de testemunhas, fazendo a perícia do local e avaliando os exames médicos.
  • Ele pode pegar até 12 anos de prisão se julgado culpado.

Assista ao vídeo do jornal La Vanguardia:

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.