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Como Rony se multiplicou em campo após lesão para ajudar o Palmeiras

Rony em ação com a camisa do Palmeiras na partida contra o Atlético-MG - Amanda Perobelli/Reuters
Rony em ação com a camisa do Palmeiras na partida contra o Atlético-MG Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Gabriel dos Santos

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/08/2022 04h00

Após deslocar Everson, converter a quinto pênalti e manter o Palmeiras vivo para as cobranças alternadas, Rony, enfim, pôde respirar fundo depois de um dos jogos que mais se doou em campo com a camisa alviverde. Minutos mais tarde, com a classificação heroica à semifinal da Libertadores ao superar o Atlético-MG, certamente veio a sensação de alívio e dever cumprido por mais um passo histórico do clube, na competição em que ele adora escrever capítulos que ficarão marcados na história do Verdão.

A eliminatória contra o Atlético-MG 'começou' para Rony um mês antes dos demais jogadores. Em 10 de julho, na partida contra o Fortaleza, o atacante sofreu lesão muscular na coxa esquerda e passou a ser colocado como preocupação para os duelos contra o Galo.

Apesar do tratamento diário e intensivo, ele não conseguiu ficar à disposição para o jogo de ida, em Belo Horizonte, que terminou empatado em 2 a 2. Foi vetado pela comissão técnica e pelo Núcleo de Saúde e Performance, mesmo já tendo alguns trabalhos com o restante do elenco no gramado. Mal sabia Rony que o "descanso" forçado seria fundamental na disputa.

Rony foi um dos grandes personagens da decisão. Quando Danilo foi expulso ainda no primeiro tempo, o então centroavante passou a atuar aberto pelo lado direito, ajudando no ataque, mas principalmente na recomposição defensiva.

Homem de confiança de Abel, o jogador atuou os 90 minutos da decisão sob grande intensidade, já que na etapa final o time ficou com dois jogadores a menos, e bateu o último pênalti antes das cobranças alternadas, mantendo o Palmeiras na disputa. Tudo isso dias após se recuperar da incômoda lesão e atuar por 45 minutos como uma espécie de "teste" na vitória por 3 a 0 sobre o Goiás, no último domingo (7).

Em dois ou três minutos pensamos, inclusive, em ter um zagueiro, mas não. Colocamos o Dudu de centroavante e o Rony para a direita. Deu certo porque eles fazem acontecer. Era olhar o que estava no plano e segui-lo".
Abel Ferreira, após a épica classificação do Palmeiras.

O Footstats, site especializado em estatísticas esportivas, disponibilizou o mapa de calor de Rony na partida. Ele esteve em praticamente todos os cantos do campo ao longo dos 90 minutos e com certeza correu muito mais do que se estivesse ocupando sua função habitual. Confira:

Mapa de calor de Rony, do Palmeiras, na partida contra o Atlético-MG, pela Libertadores - Divulgação/Footstats - Divulgação/Footstats
Mapa de calor de Rony, do Palmeiras, na partida contra o Atlético-MG, pela Libertadores
Imagem: Divulgação/Footstats

Agora, compare com o mapa de calor de Rony na partida contra o Goiás, dias antes, quando atuou em condições normais: 11 em campo e sua função habitual:

Mapa de calor de Rony, do Palmeiras, na partida contra o Goiás, pelo Brasileirão - Divulgação/Footstats - Divulgação/Footstats
Mapa de calor de Rony, do Palmeiras, na partida contra o Goiás, pelo Brasileirão
Imagem: Divulgação/Footstats

Apesar das chegadas de López e Merentiel, contratações para o ataque nesta janela, é Rony quem segue encantando Abel nos grandes jogos. O argentino e o uruguaio, inclusive, sequer entraram em campo, muito por conta da desvantagem numérica do Palmeiras na partida.

Recuperado e com fôlego invejável na decisão, Rony terá desgaste avaliado para saber se começa jogando no Dérbi contra o Corinthians, sábado (13), às 19h, na Neo Química Arena, pela 22º rodada do Campeonato Brasileiro.

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