'Corinthians jogou de barriga cheia e tem que mudar de atitude', diz VP
A derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO na noite desta quarta-feira (27), em Goiânia, irritou Vítor Pereira. Na entrevista coletiva no Estádio Antônio Accioly, o técnico do Corinthians foi claro sobre o que faltou: vontade.
"A explicação deste jogo é muito simples: vi uma equipe a lutar em todos os duelos, jogando com a faca na boca e dividindo todos os lances; e a minha equipe não. A vitória contra o Atlético-MG nos fez mal, pois hoje jogamos de barriga cheia. Não lutamos por todas as bolas, estávamos sempre atrasados, eles foram sempre mais rápidos. Agora precisamos da determinação que eles tiveram aqui: faca na boca, sendo agressivos, jogar com fome. É a única forma de dar a volta a este resultado", afirmou o treinador logo na primeira resposta da coletiva, sem meias palavras.
"Este jogo tem que servir de lição. Não podemos entrar desta forma. Se jogarmos um primeiro tempo como jogamos hoje, não tem hipótese nenhuma. Temos que ganhar duelos, disputar cada lance, ser mais fortes, rápidos, temos que ir com tudo. Hoje não fomos assim, jogamos com um adversário que jogou assim, e a derrota foi justa", avaliou Vítor Pereira.
O Corinthians foi controlado pelo Atlético-GO, deu apenas um chute a gol no jogo inteiro e agora tem uma enrascada: precisa vencer a volta por dois gols de diferença para ao menos levar a disputa da vaga aos pênaltis -vitória por um gol não serve e, para classificar no tempo normal, só por três ou mais.
"Um 2 a 0 é um 2 a 0. Temos que jogar [a volta] de forma determinada, como eles jogaram aqui hoje. Se for assim, temos chance de reverter. Mas temos que mudar radicalmente a forma de estar em campo, comparando a hoje. Não entramos com a mentalidade que deveríamos ter entrado", afirmou VP.
O Corinthians reencontra o Atlético-GO daqui a três semanas, na Neo Química Arena. Antes disso, volta a campo no sábado (30) para enfrentar o Botafogo pelo Brasileirão e tem dois jogos contra o Flamengo nas quartas de final da Copa Libertadores.
Veja outras respostas de Vítor Pereira:
Desfalques não são desculpa
"Nós temos muita gente voltando de lesão, e estes jogadores estão com dificuldades, não são os mesmos de antes da lesão. Alguns não têm tido a possibilidade de treinar, porque já voltaram a jogar. O jogo é a única forma de lhes dar competitividade. Não estão no mesmo nível [dos demais]. Mas não vou falar aqui do ponto de vista defensivo ou ofensivo, nós temos que mudar é a nossa atitude."
Problemas defensivos
"Tivemos muita dificuldade pra defender as laterais. A opção por jogar com Róger e Yuri foi minha, é minha responsabilidade, mas me parece que não dá. Desta forma, claramente não dá. Eles criaram muitos problemas, várias situações de dois contra um lá atrás. E depois vem o [fator de] chegar atrasado em todos os lances, estar longe, não estar compacto. No jogo anterior já percebemos que os pontas deles são perigosos, mas não conseguimos evitar que fossem lançados. Tomamos dois gols idênticos ao do Atlético-MG, pé contrário cruzado, e já tínhamos avisado."
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