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Com sucesso no 4-3-3, Abel diz que Palmeiras podia ter decidido no 1º tempo

Abel Ferreira adotou sistema ousado para encarar a Chape - Marcello Zambrana/AGIF
Abel Ferreira adotou sistema ousado para encarar a Chape Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

06/06/2021 21h54

Nada chamou mais a atenção no jogo do Palmeiras, hoje (6), contra a Chapecoense, do que o sistema tático utilizado. O técnico Abel Ferreira abriu mão de atuar com três zagueiros e adotou um trio ofensivo, com a entrada de Wesley ao lado de Luiz Adriano e Rony. Ele também escalou um meio-campo mais leve e com jogadores de criatividade, como Gustavo Scarpa e Raphael Veiga.

Com essa formação, o Palmeiras foi arrasador no primeiro tempo. Graças a uma atuação inspirada de Wesley, o Verdão abriu vantagem de 3 a 0. Levou um gol na etapa final, mas soube controlar a partida para conquistar a primeira vitória no Campeonato Brasileiro.

"Acho que, apesar das muitas ausências que temos, os jogadores foram muito bem: os três meias, os atacantes, o Luiz Adriano, a linha defensiva. Acho que fizemos um primeiro tempo muito bom em termos ofensivos e poderíamos ter chegado ao final com mais gols feitos e com o jogo praticamente resolvido", comentou Abel Ferreira após o triunfo por 3 a 1 no Allianz Parque.

O treinador palmeirense também detalhou os motivos que o fizeram alterar o sistema tático para encarar a Chape. "Contra o CRB, terminamos com o Patrick de Paula com a 5. Sabemos que não é a posição dele, embora nos dê muita saída. O Scarpa e o Veiga são jogadores que nos dão bola. E com todo respeito à Chapecoense, nós temos mais qualidade e podemos arriscar. Mas temos de reconhecer que a primeira grande oportunidade foi do adversário, que jogou fechadinho, mas a primeira transição perigosa foi deles."

Embora tenha alterado bastante a forma de jogar em relação às partidas anteriores, Abel Ferreira fez questão de frisar que não é um "treinador de sistemas".

"As minhas intenções não mudam em função do esquema tático. Posso jogar com dois, três, quatro zagueiros, dois ou três volantes, mas os comportamentos são os mesmos. Temos uma série de lesionados e nas seleções. Gomes, Kuscevic. Mesmo que eu quisesse jogar com três zagueiros hoje, não conseguiria", explicou. "O mais importante é os jogadores saberem o que fazer quando estão em campo. E hoje fomos competitivos."