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Torcedor de Atlético-MG e Boca tem de escolher lado: "O que eu mais temia"

Torcedor do Atlético-MG desde a infância, Bernardo Dabés também nutre sentimento pelo Boca Juniors - Arquivo Pessoal
Torcedor do Atlético-MG desde a infância, Bernardo Dabés também nutre sentimento pelo Boca Juniors Imagem: Arquivo Pessoal

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

05/06/2021 04h00

O primeiro duelo do Atlético-MG contra o Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores, acontecerá apenas em 13 de julho, mas já mexe com os ânimos dos torcedores dos dois lados. Um deles, em especial, teve o Whatsapp e as redes sociais inundados por dezenas mensagens após o sorteio. Apaixonado pelo Galo, o profissional da área de eventos Bernardo Dabés há 30 anos nutre o mesmo sentimento pelos Xeneizes.

Membro da "Igreja Maradonista" e com uma espécie de templo do saudoso craque argentino em casa, o torcedor afirma que dessa vez terá que optar por um dos lados. Sem pensar duas vezes, ele prefere acreditar que Cuca e seus comandados terão êxito contra os argentinos e que irão seguir vivos no torneio de clubes mais importante da América do Sul.

"Meu telefone não parou de tocar. Gente do Brasil inteiro me perguntando como eu faria. Era o que eu mais temia. O Galo é meu time, mas torço para o Boca há 30 anos. Devo ter mais camisas e bandeiras deles, inclusive. É complicado, mas o coração alvinegro vai falar mais alto nesta história, por ser o time da família. Vejo todos os jogos do Boca, e ele não está jogando nada, mas se passar do Galo será campeão. Acho que, pelo momento, vai dar o Atlético", palpita Bernardo, ao UOL Esporte.

Torcedor Bernardo Dabés, atleticano e apaixonado pelo Boca - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Membro da 'Igreja Maradonista', Bernardo Dabés está com o coração dividido nas oitavas de final da Libertadores
Imagem: Arquivo Pessoal

Fã incondicional de Diego Armando Maradona, o torcedor coleciona inúmeras peças ligadas ao ex-meia do Boca e da seleção argentina em casa. Ele já até mesmo deixou de torcer pela seleção brasileira por causa do ídolo.

"Lembro perfeitamente da última vez que chorei assistindo um jogo do Brasil. Foi na Copa do Mundo de 1982, naquela derrota para a Itália. Eu tinha 12 anos. Em 86, eu continuava vendo alguns jogos, mas ali me despertava a atenção o que fazia o Maradona em campo; ele mudou minha concepção sobre o futebol e foi muito marcante na minha vida", conta o torcedor.

"Em 2012, fui para a Argentina e rodei alguns dos lugares marcantes do Maradona. Tenho uns três ou quatro DVDs dele em casa, não sei quantos quadros, mais de 50 camisas e outras peças mais. Para mim, no futebol, por mais que tenha meus ídolos, como o Éder, foi o Maradona quem norteou minha vida", acrescenta.

O primeiro duelo entre Atlético-MG e Boca Juniors será disputado em La Bombonera, na Argentina. Sete dias depois, em 20 de julho, os times decidem quem avança às quartas de final no Mineirão, em Belo Horizonte.

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