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Paulo Nunes vê Palmeiras pressionado em clássico após saída de Dudu

Paulo Nunes vê Palmeiras pressionado sem Dudu - Reprodução/Globo
Paulo Nunes vê Palmeiras pressionado sem Dudu Imagem: Reprodução/Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/07/2020 11h07Atualizada em 22/07/2020 14h46

Para Paulo Nunes, o Palmeiras encara o Corinthians hoje, às 21h30, pressionado. Presente no Bom Dia São Paulo desta manhã, o comentarista afirmou que a saída de Dudu cria expectativa para a reestreia do time de Vanderlei Luxemburgo no Campeonato Paulista.

Após mais de cinco anos de clube, o atacante se despediu do Alviverde nesta semana. Suspeito de agredir a ex-mulher - ele nega as acusações -, Dudu foi emprestado por um ano ao Al-Duhail, do Qatar.

"Para o lado do Palmeiras, é pressão pós-perda do Dudu. O Dudu, depois de cinco anos e meio, não vai jogar. É a primeira vez. A gente quer ver o Palmeiras sem o Dudu, porque ele era o jogador de escape, jogador que dava essa força ao clube", avaliou o ex-jogador, campeão da Libertadores pelo Alviverde.

Corinthians sem filosofia de jogo

Em relação ao Corinthians, o comentarista destacou a falta de padrão do time de Tiago Nunes. Terceiro colocado de seu grupo, o Alvinegro precisa de duas vitórias em duas rodadas, além de um tropeço do Guarani, para avançar às quartas de final do Estadual.

"Pressão em cima do Tiago Nunes, que não consegue implantar a sua filosofia de jogo. O Corinthians ainda não consegue ter um padrão definitivo", completou.

Com passagens também por Grêmio e Flamengo, Paulo Nunes colocou o dérbi acima dos demais clássicos. Para ele, a pressão e a cobrança do embate paulista são diferentes das demais rivalidades.

"Eu disputei vários clássicos, mas Palmeiras x Corinthians é muito grande, pela pressão, pela cobrança dos seus torcedores. Abrange o Brasil inteiro, não só São Paulo. Eu adorava quando tinha esse clássico, porque me remete a grandes jogos, e eu era um jogador que gostava muito de ser cobrado. Nesses jogos que a gente mostrava quem era", destacou o Diabo Loiro.

"É o melhor jogo para se jogar. O grande jogador gosta desse jogo, porque é fundamental para a carreira. Depois de 20, 30 anos, vão estar falando sobre este jogo, sobre você", completou.

Jogo sem torcida

Em relação às arquibancadas vazias devido à pandemia de coronavírus, Paulo Nunes destacou o papel dos treinadores. Para ele, os comandantes serão os responsáveis por manter a concentração dos jogadores.

"É muito difícil (jogar sem torcida). O foco e a concentração são totalmente diferentes. Essas torcidas, quando se juntam num jogo como esse, o jogador de futebol adora, porque essa pressão traz a concentração do jogador de futebol. Ele fica muito mais compenetrado, muito mais ativo. Parece que é um jogo-treino, mas não é. O treinador tem que estar muito atento fora do gramado, cobrando muito dos seus jogadores. E os jogadores têm que ter muito foco", opinou.