Por que Gil assinou contrato inicial de apenas seis meses com o Corinthians

O retorno de Gil ao Corinthians, oficializado ontem, contém um detalhe interessante que resultou em um acordo inicial de seis meses. O atual vínculo do zagueiro vale até 31 de dezembro e deve ser renovado por mais três anos a partir de então. Segundo apurou o UOL Esporte, o acerto pouco usual tem a ver com uma solução contábil do Alvinegro e um meio-termo entre jogador e clube.

O contrato até o final do ano, portanto válido por 181 dias, é uma solução para um problema orçamentário do Corinthians. Ao marcar uma renovação para janeiro, o clube pode adiar para o balanço de 2020 o pagamento a Gil das chamadas "luvas" - valor depositado aos atletas que chegam após rescisão com o clube anterior.

Deste modo, a curto prazo o Corinthians só gasta com Gil o valor de seus salários. As luvas, de valores não divulgados, podem ser pagas no início do ano que vem. Por um lado o clube evita abalar demais o orçamento previsto para 2019, por outro corre certo risco de perder o zagueiro no final do ano - ainda que considere este risco mínimo.

Na prática, Gil chegou ao Corinthians ontem podendo trocar de clube em alguns meses. Se for muito bem no segundo semestre e chamar atenção de clubes europeus, por exemplo, nada o impede de ouvir propostas e repensar seus planos. Mas esta possibilidade nem de longe incomoda o Corinthians, que tem acordo apalavrado com o zagueiro e mostra total confiança em sua permanência a partir de janeiro. "Ele fica, é tranquilo. Ele continua", enfatizou um membro da diretoria ao UOL Esporte.

O reforço é esperado no Corinthians na segunda-feira (8), para passar por exames e começar os treinamentos no CT Joaquim Grava. Gil chega com prestígio muito alto e titularidade quase garantida, ainda que Fábio Carille se mostre satisfeito com a defesa atual. Ele joga pelo lado esquerdo da zaga, onde Henrique é o atual titular. O elenco alvinegro ainda conta com Manoel, Marllon, Bruno Méndez e João Victor para o setor.