Topo

Cruzeiro

Regras da Fifa abrem caminho para punições contra o Cruzeiro

Wagner Pires de Sá é o atual presidente do Cruzeiro - © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Wagner Pires de Sá é o atual presidente do Cruzeiro Imagem: © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Jamil Chade

Do UOL, em Genebra

28/05/2019 07h58

A Fifa alerta que, se comprovada a irregularidade no Cruzeiro por conta de manipulações nos contratos de jogadores, as regras estipulam que a entidade máxima do futebol poderia impor sanções contra o time brasileiro ou contra jogadores.

Por enquanto, a entidade julga que é cedo para comentar o caso e um possível processo em Zurique. Mas deixa claro que regras existem e que poderiam ser invocadas.

Num comunicado, um porta-voz da Fifa indicou que seria "prematuro neste momento fazer uma declaração e qualquer potencial processo dentro da Fifa deve ser mantido confidencial até que uma decisão seja tomada".

Como regra geral, porém, a própria entidade aponta para o artigo 18 da Regulação sobre o Status e Transferência de Jogadores. Num dos parágrafos, fica claro que "o Comitê de Disciplina da Fifa pode impor medidas disciplinares contra clubes e jogadores que não observem o banimento na propriedade de terceiras partes sobre os direitos econômicos de jogadores".

No Brasil, a CBF iniciou uma investigação sobre denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas pelo Cruzeiro.

No domingo, uma reportagem do "Fantástico", da TV Globo, revelou como o clube mineiro cedeu parte dos direitos econômicos de dez jogadores. O objetivo seria quitar um empréstimo de R$ 2 milhões que havia contraído com um empresário.

Pelas regras da Fifa, porém, fica estabelecido que não há qualquer hipótese de que clubes repassem direitos econômicos de jogadores para empresários.

Além de pesadas multas, a Fifa poderia proibir o clube a fazer novas contratações por alguns anos.

Cruzeiro