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Elenco do Flamengo não pode ficar um ano sem título, diz Renato Gaúcho

Técnico foi cotado para assumir o Flamengo em 2019 - Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Técnico foi cotado para assumir o Flamengo em 2019 Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Do UOL, em São Paulo

21/12/2018 20h49

Renato Gaúcho esteve na mira do Flamengo para 2019, mas acabou renovando com o Grêmio. Ainda assim, mostra estar atento ao que acontece na Gávea.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (21), Renato disse que conseguiria chegar no Flamengo em 2019 e montar um time que joga como o Grêmio. E deixou claro que o time carioca tem condições de brigar por títulos com o elenco atual.

"No Flamengo, daria, porque tem grandes jogadores. Com aquele elenco, não dá para ficar um ano sem título", afirmou Renato - que, no entanto, buscaria reforços para a equipe. "Com duas ou três peças, ajeitava aquele time. Mas teria que ter autonomia para contratar. Sem autonomia, nem vou", completou.

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Ao jornal, o treinador se mostrou ciente da expectativa criada a respeito de sua possível chegada ao Flamengo. No entanto, afirmou que optou por permanecer no Grêmio em respeito ao presidente do clube gaúcho, Romildo Bolzan.

"É verdade que lá (no RS) não tenho paz. Mas você acha que aqui (no RJ), ganhando ou perdendo, teria paz com a torcida do Flamengo? Aqui, mal cheguei, já são 500 pessoas por dia falando comigo. E o presidente do Grêmio já tinha me pedido para ficar, porque era o último ano dele", explicou.

Convidado para disputar o Jogo das Estrelas, organizado por Zico, Renato já sabe que corre o risco de ser recebido com alguma hostilidade da torcida. A partida será disputada no dia 27, no Maracanã.

"O Zico me deixou à vontade. Disse que queria contar comigo. Se tiver vaia, um pouco de raiva, do que não aconteceu, eu entenderia. A torcida de repente ficou magoada. Mas eu falei que esse dia vai chegar. Tem a geração mais antiga que me viu jogar no Flamengo, mas a mais nova só lembra do gol de barriga (pelo Fluminense na decisão do Campeonato Carioca de 1995)", disse, lembrando as vaias recebidas da torcida rubro-negra em 2014, ainda pelo passado no Flu.

"Em 2014, talvez eu tenha sido culpado porque não levava a sério a minha profissão. Os clubes tinham receio de apostar num cara assim. Me dei férias de dois anos. Minha família me falou: 'Ou você se leva a sério ou as pessoas não vão te levar'. Prometi que levaria a sério."