Mal começou a temporada e gigantes europeus como Real têm técnicos em xeque

Dois meses se passaram do início da temporada europeia, e alguns gigantes do continente convivem com uma situação atípica: resultados irregulares, futebol claudicante e técnicos em xeque. Fora do topo nos campeonatos nacionais, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester United e em menor grau o Barcelona despertam preocupação em seus torcedores e deixam uma dúvida no ar: o mau começo será o suficiente para abalar a máxima de que os clubes europeus garantem estabilidade aos seus treinadores?
O caso mais emblemático é o de Julen Lopetegui, demitido da seleção espanhola às vésperas da Copa do Mundo por ter previamente aceito uma oferta do Real Madrid. Agora, quatro meses depois de ter perdido a chance de comandar o seu país em um Mundial, o treinador já é alvo de pressão no clube merengue.
O Real Madrid não vence há três rodadas do Campeonato Espanhol – é o atual quarto colocado – e perdeu para o CSKA na segunda rodada da Liga dos Campeões. Instabilidade suficiente para os dois principais jornais esportivos de Madri, o “AS” e o “Marca”, publicarem durante esta semana que o clássico contra o Barcelona, no dia 28 de outubro, ganhou caráter decisivo para a avaliação de seu trabalho.
No momento, o discurso no clube é de que há confiança no treinador, mas de acordo com a imprensa local internamente algumas atitudes são questionadas, como o plano de utilização com o brasileiro Vinicius Júnior. A falta de reposição para a saída de Cristiano Ronaldo pode ser um atenuante, mas nomes como o de Antonio Conte já são especulados caso a diretoria opte pela troca.
Desempenho suficiente para colocar em xeque o técnico Niko Kovac, que iniciou seu trabalho nesta temporada depois de se destacar à frente do Eintracht Frankfurt. O presidente do clube, Uli Hoeness, disse que “defenderá o técnico até a morte pouco importa o que aconteça nas próximas semanas" diante das especulações de demissão, mas o histórico recente do Bayern mostra que uma mudança de técnico em meio à temporada não é raridade. Carlo Ancelotti foi demitido em setembro de 2017.
Técnico com maior tempo de trabalho do que Lopetegui e Kovac, José Mourinho também vive seu momento mais crítico no comando do Manchester United. Com o time apenas na oitava colocação do Campeonato Inglês com 13 pontos em oito rodadas, o treinador enfrenta também problemas extracampo, como na relação com Paul Pogba, e dá sinais de um desgaste que coloca em dúvida se ele completará a terceira temporada à frente do clube.
Não à toa, o treinador tem convivido com uma sombra nesta temporada: a de Zinedine Zidane, técnico que deixou o Real Madrid na última temporada após levar o clube a três conquistas de Liga dos Campeões. Vivendo um ano sabático, ele tem seu nome lembrado por torcedores e pela imprensa local a cada tropeço de Mourinho.
Barcelona também tem início irregular
O bom início na Liga dos Campeões, inclusive com uma vitória categórica em cima do Tottenham em Londres, tem amenizado um início de temporada aquém do esperado do Barcelona. No Campeonato Espanhol já são quatro rodadas sem vencer, o que fez o time deixar a liderança e ocupar a segunda colocação com 15 pontos conquistados.
Ainda com problemas para encaixar o time, Valverde recentemente mudou o estilo de jogo com a entrada de Arthur em um meio-campo mais reforçado. Deu certo contra o Tottenham, mas o empate contra o Valencia no último domingo mostrou que o trabalho ainda é longo para o Barcelona voltar aos seus melhores momentos.
No momento, a demissão de Valverde não é discutida. Mas segundo a imprensa espanhola o desgaste natural depois de mais de um ano de trabalho pode fazer com que a cláusula automática de renovação por mais 12 meses não seja acionada ao final da atual temporada.
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