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Presidente do Galo comenta grito homofóbico que cita Bolsonaro: "Encerrado"

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

18/09/2018 16h58

O presidente Sérgio Sette Câmara se pronunciou sobre o cântico homofóbico que citou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no clássico do último domingo (16). O dirigente fez uma análise sobre o fato e deu o assunto como encerrado na Cidade do Galo.

"Vou começar pelo final. O que o Atlético tinha para falar a respeito daquele assunto foi feito através de uma nota oficial e acredito que, da nossa parte, o assunto está encerrado. Não vou voltar a falar sobre ele. Quem não leu a nota, ao ler, vai entender qual é o nosso posicionamento. Nós lamentamos que aquele fato tenha ocorrido", disse o mandatário.

No intervalo do empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, no último fim de semana, parte da torcida do Galo soltou a voz em um grito homofóbico a fim de provocar o arquirrival: "Ô, cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado".

O grito fez o clube se manifestar ainda na noite do último domingo. Em nota oficial, o Atlético repudiou a homofobia praticada por parte de sua torcida no Mineirão:

“O CAM lamenta profundamente as manifestações homofóbicas de parte dos torcedores, no jogo deste domingo, no Mineirão. Reiteramos nosso repúdio a quaisquer gestos de preconceito ou de incitação à violência. A maior torcida de Minas é composta por pessoas de todas as classes sociais, raças e gêneros, não cabendo qualquer tipo de discriminação. Isso não faz parte da nossa gloriosa história! #TimeDeTodos”, escreveu o clube em suas redes sociais na ocasião.

No dia do confronto, o Galo disse à imprensa que não se manifestaria sobre o caso. No entanto, no período da noite, mudou de opinião e se posicionou de forma contrária ao comportamento daqueles que foram ao Gigante da Pampulha.

“A nota é autoexplicativa. Nós já tínhamos até, antes mesmo desse lamentável episódio, feito campanhas por meio dos nossos canais apropriados contra qualquer tipo de discriminação. O Galo é de todos”, disse o mandatário

Apesar de o Galo tratar o caso como encerrado, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou na manhã dessa segunda-feira ao UOL Esporte que estuda oferecer uma denúncia ao clube pela situação ocorrida.