Madrugada e R$ 1,5 mil por jogo. Distantes, corintianos tentam seguir time
Não importa o quão difícil seja acompanhar o Corinthians de perto. A distância para alguns torcedores é um mero acaso, fácil de ser domado diante da ânsia em assistir ao time alvinegro em ação da arquibancada de um estádio.
Diante do desafio de vencer centenas de quilômetros, corintianos se reinventam a fim de conseguir fazer parte da festa. Em caravana, pequenos grupos, duplas ou até mesmo sozinhos, o sonho vira realidade.
Para contar a história desses torcedores, a reportagem do UOL Esporte conversou com pessoas que moram em Campos do Jordão (no interior paulista), Combinado (cidade do Tocantins) e Brasília.
Devido à distância, os corintianos de Campos do Jordão conseguem ser mais assíduos na Arena Corinthians. Já os torcedores de outros estados buscam acompanhar o Corinthians nos jogos como visitante disputados no Centro-Oeste do Brasil.
Engana-se, entretanto, quem pensa pensa que há facilidade na rotina dos habitantes de Campos do Jordão. A viagem é longa, cheia de paradas e o horário vira um empecilho muitas vezes.
"Chegamos de volta às 22h30 quando o jogo começa às 16h. Quando o jogo é à noite, saímos de Campos umas 17h, dependendo do horário que o pessoal sai do trabalho. E só voltamos às 4h", conta o web designer Jefferson Aparecido, conhecido como Gamarra.
O torcedor de 35 anos é o fundador da torcida intitulada de "Fiel", mas sem vínculo com qualquer organizada. O grupo passou a se juntar com frequência a partir de 2012 e só vê mais adeptos.
"No ano passado, a gente fazia uma caravana por mês. Agora a procura aumentou muito, São 33 pessoas, vamos de micro-ônibus. Saímos daqui e passamos em outras cidades. A gente faz bate-volta", disse Gamarra, que ressaltou a facilidade para comprar ingressos por meio do programa de sócio-torcedor do Corinthians.
A ideia do grupo é viajar a São Paulo pelo menos mais oito vezes até o fim do ano. "Tem nove jogos em casa e oito caravanas programadas. Só não tem como o Avaí", disse Gamarra, que aproveitou a adesão para colocar em prática ações sociais - elas vão de visitas a asilos à arrecadação de mantimentos antes das viagens e doação de sangue (já são nove campanhas no total).
Corinthians só no Centro-Oeste
Para o sub-gerente comercial Lucas Fausto, as chances de ver o time do coração são raras e só ocorrem nos jogos disputados no Serra Dourada, em Goiânia, e no Mané Garrincha, em Brasília.
Um jogo custa R$ 1,5 mil
Morador de Brasília, o estudante Lucas Alberto Pereira, 17 anos, consegue fazer mais viagens que seu homônimo. Para isso, ele conta com a ajuda do tio, Edio Pereira, 40 anos, corintiano fanático.
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