Presidente do Barça indica que não abrirá mão de multa integral por Neymar
O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, repetiu o discurso que tinha apresentado ao jornal "The New York Times" e disse, em entrevista à ESPN americana, que a decisão de deixar o clube sempre será do jogador. Mas deixou um aviso nas entrelinhas a Neymar, que negocia a sua transferência para o PSG: o pagamento da multa rescisória terá que ser integral.
“No futebol existem cláusulas de rescisão de contrato. Se quer ir, sabe que pode pagar e rumar para outra equipe. Mas a ambição do clube e dos técnicos é que continue”, disse Bartomeu quando questionado sobre Neymar. O dirigente acrescentou que o clube não abrirá mão de "nenhum euro, nenhuma peseta (antiga moeda espanhola), nenhum dólar" no eventual recebimento da multa pelo brasileiro.
O dirigente já havia apresentado o mesmo discurso em entrevista na quinta-feira ao principal jornal americano. Mas agora ele foi mais claro em admitir que, desde que as obrigações contratuais forem cumpridas, não há como segurar Neymar.
"Não nos falamos muitos nestes dias. Falaremos agora na volta do tour pelos Estados Unidos, a partir da próxima segunda-feira. Mas eu digo que o futebol é muito volátil, muito dinâmico. Assim, se um jogador quer ir, não está gostando, pagando a cláusula pode ir para outra equipe", disse.
De qualquer forma, o presidente do Barcelona espera a presença de Neymar em campo no jogo contra o Real Madrid, neste sábado, em Miami. O jogo de pré-temporada será realizado às 21h (de Brasília).
"Temos muitos claro que Neymar está treinando aqui. Amanhã há uma partida, temos que jogar um clássico, que é muito importante. E a partir da próxima semana, quando acabar a viagem, falaremos do tema. Eu acredito que a notícia hoje é o Clássico", finalizou.
Diante da intransigência de Barcelona em abrir negociação direta com o PSG, é esperado que o clube francês pague a multa rescisória completa, estimada em 222 milhões de euros (cerca de R$ 817 milhões) da cláusula de rescisão de contrato.
Durante a semana, o jornal francês “L’Equipe” informou que, incluindo os salários do jogador (estimados em 30 milhões de euros líquidos por ano) e outros gastos com taxas, a transferência poderia ultrapassar os 300 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) de dinheiro movimentado, o que faz o PSG estudar alternativas de como desembolsar menos.
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