Opostos de Fred e Ronaldinho, veteranos do Santos não temem crise com Levir
O técnico Levir Culpi chegou ao Santos com status de técnico que “barra medalhões”, já que afastou Ronaldinho Gaúcho e Fred em trabalhos anteriores por Atlético-MG e Fluminense, respectivamente. Agora, Levir terá de administrar a situação de dois atletas experientes do clube paulista e que não estão em boa fase – casos do atacante Ricardo Oliveira e o volante Renato.
O assunto já é comentado internamente no elenco santista, mas a maioria não está preocupada com isso. Eles alegam que Ricardo Oliveira e Renato têm posturas opostas às de Ronaldinho Gaúcho e Fred fora de campo. Por conta disso, devem cair nas graças de Levir Culpi.
Ricardo Oliveira, por exemplo, é pastor evangélico e não tem histórico de problemas extracampo. O centroavante é capitão santista e, inclusive, pastor de muitos atletas do elenco. Renato não segue a mesma religião, mas carrega a fama de ser um "gentleman" entre os jogadores de futebol: o volante é extremamente educado dentro e fora de campo.
Como Fred e Ronaldinho foram afastados por problemas extracampo com Levir, a dupla experiente do Santos não está preocupada com a troca de treinador na Vila Belmiro.
Caberia a Levir, no entanto, “ressuscitar” o futebol de Ricardo Oliveira e Renato. O primeiro, inclusive, já chegou a esquentar o banco de reservas com Dorival Júnior nesta temporada.
“Não sei bem o trabalho que foi feito. Só sei que foi bem feito. É difícil detectar. Quem estava em boa fase com Dorival pode entrar em má fase comigo. Não dá para detectar um problema e eliminar. Outros surgem. Sozinho, ninguém consegue. Estou otimista. Acho que esse ano ainda vai marcar a história do clube”, afirmou Levir Culpi.
Ricardo Oliveira está recuperado de torção no tornozelo esquerdo, mas encara a concorrência de Kayke, que marcou os dois gols do Santos na vitória contra o Atlético-PR. Desta forma, Levir pode manter o time de Elano e deixar o veterano no banco de reservas.
“Estou me apoiando neles. No Dagoberto, no Elano, no Marcelo, no Serginho... Preciso de um apoio inicial nessa leitura. Quando a bola rola, temos noção e conhecemos a maioria deles. Não vamos mexer muito na base. Dar continuidade ao máximo. E amanhã [terça-feira] definir. Não vai ter muita mudança. Pelo contrário”, disse.
O experiente camisa 9 é um dos jogadores mais contestados do elenco nesta temporada de 2017. Os próprios números comprovam isso: são apenas quatro gols em 17 jogos (1.402 minutos) – nenhum no Campeonato Brasileiro em quase 320 minutos em campo. Kayke, por sua vez, tem seis gols em bem menos tempo: são 768 minutos em 16 jogos na temporada, quase metade do tempo jogado pelo companheiro de posição.
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