CBF vê rixa Brasil x Argentina e pressão sul-americana por punição a Ricci
A suspensão de quatro jogos a Lionel Messi começa a desencadear uma série de notícias de bastidores. Nesta terça-feira (28), a imprensa sul-americana noticiou que Sandro Meira Ricci e Emerson Augusto de Carvalho, que trabalharam no jogo entre Argentina e Chile, seriam retirados da pré-lista de selecionados para apitar a Copa do Mundo da Rússia de 2018.
A reportagem apurou que a CBF (Confederação Brasieira de Futebol) desconhece qualquer tipo de punição e vê uma pressão criada por dirigentes sul-americanos. Segundo eles, a imprensa também trata o tema como se existisse uma rixa Brasil x Argentina.
Segundo três membros que tratam diretamente do assunto arbitragem na entidade brasileira, a punição dada pela Fifa apenas dá suporte às decisões dos árbitros.
O problema é que o trio de arbitragem não teria repassado nenhum desvio de conduta de Lionel Messi na súmula. A decisão foi tomada exclusivamente pela Fifa.
É aí que entra outro capítulo da história. Os jornais argentinos Olé e Clarín afirmam que a pena imposta ao atacante do Barcelona teve influência direta do presidente da Comissão de Arbitragem da Conmebol, Wilson Luiz Seneme, que é brasileiro.
Segundo as publicações, Seneme teria entrado em contato com o uruguaio Jorge Larrionda, que estava como assessor do trio de arbitragem na partida entre Argentina e Chile. Na ligação, ordenou que tudo fosse para a súmula e que só por isso a Fifa teria tomado tal decisão.
Seneme foi contatado pela reportagem e disse que não comentaria o assunto, porque a decisão foi tomada de maneira unilateral pela Fifa. Ele não quis comentar o que achava da punição, já que seu cargo é de chefe da arbitragem sul-americana.
Brasileiros com trânsito na Comebol afirmaram ao UOL Esporte que ainda não há nenhuma comunicação oficial e disseram também desconhecer a pressão de Seneme.
Eles ainda ressaltam que a punição da Fifa foi dada com base em uma leitura labial feita pela própria TV argentina e que repercutiu pelo mundo.
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