Caso Victor: Ação do Grêmio contra o Atlético-MG ainda não andou na CBF

A representação do Grêmio contra o Atlético-MG, pela dívida de Victor, junto à CBF ainda não andou. Depois de pedir à CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) que o Galo seja punido por atraso no pagamento da última parcela, o Tricolor ouviu que deve apresentar maiores detalhes sobre a demanda para que a solicitação seja analisada.

O departamento jurídico do Grêmio já enviou novo ofício, citando novamente o RNRTAF (Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol).

A resposta da Câmara ligada à CBF foi enviada ao Grêmio cerca de 10 dias atrás. O órgão pediu novas informações para analisar se acolhe o pedido e aplica o artigo 67, § 3º, alínea d, que prevê advertência, censura por escrito, multa e/ou proibição de registro de novos atletas por um ou dois períodos anuais de registro nacionais.

A CNRD não comenta o caso, por conta do regulamento interno. O Grêmio aguarda posição final para se manifestar.

Entre a venda de Lucas Pratto ao São Paulo e a resposta da CBF, o Grêmio obteve bloqueio de R$ 10,5 milhões e penhora online de valores nas contas do Atlético-MG. As primeiras parcelas da operação já haviam sido quitadas e, por isso, o Tricolor não botou a mão no dinheiro.

O meia Maicosuel, 30 anos, chegou a ser oferecido ao Grêmio por intermediários. À época, o Tricolor buscava reforços no mercado e o jogador foi citado como alternativa também para abater parte da dívida. A cúpula do clube gaúcho não mostrou interesse.

Victor, 34 anos, trocou Porto Alegre por Belo Horizonte em junho de 2012. Além de pagamento parcelado, o Atlético-MG envolveu o zagueiro Werley no acordo. Os dirigentes do Galo usam o empréstimo de seu ex-atleta justamente para contestar o valor cobrado pelo Tricolor. Werley, hoje, é jogador do Coritiba após deixar a Arena ao final do contrato.