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Tirado de voo, goleiro Nivaldo faz promessa à Chape e repensa aposentadoria

Goleiro Nivaldo demonstra todo o seu luto após tragédia - Luiza Oliveira/UOL
Goleiro Nivaldo demonstra todo o seu luto após tragédia Imagem: Luiza Oliveira/UOL

Danilo Lavieri, Bruno Freitas, Felipe Vita e Luiza Oliveira

30/11/2016 17h31

O goleiro Nivaldo está devastado com a tragédia que assola a Chapecoense. Não poderia ser diferente. O atleta está no clube há quase dez anos e estava na lista dos atletas que estaria no voo para a Colômbia, mas ficou fora na última hora. Ele acredita que foi um sinal para que ele reerga a Chapecoense.

“Eu acho que só tenho a agradecer. Sinto que fiquei com uma tarefa que é reerguer a Chapecoense e certamente vamos continuar fazendo isso. Deve ser para nós ficarmos aqui e começar tudo de novo. Não acredito muito sinal, mas tem momento que não é como a gente pensa”, conta ele.

“A gente tem que esperar um pouco esperar passar esses dias aí e recomeçar do zero. Não pode deixar morrer. Procurar ter um tempo para se reerguer de novo e tocar. Chapecoense não pode parar. Vai ter jogo a gente vai lembrar. Mas a gente tem que batalhar. Perdi pessoas que eram como irmãos para mim”

O jogador chegou ao clube em 2006 e acompanhou todo o crescimento da Chapecoense da Série D até chegar à final da Copa Sul-Americana. O atleta estava prestes a se aposentar e completaria o jogo 300 ainda neste ano, já que atuaria contra Palmeiras e Atlético-MG pelo Brasileirão. Agora, ele reflete sobre aposentadoria.

“Eu nem sei mais, eu ia jogar uma parte do jogo lá do Palmeiras e jogar contra o atlético completaria 300 jogos e finalizar”.

Já estava tudo certo para ele ir para Chapecó, mas ficou fora por um imprevisto. “Estava tudo certo, mas surgiu um imprevisto de não voltar para Chapecó. O auxiliar me falou: ‘ele quer te levar porque acha que você é importante porque está aqui há mais tempo, só que abriram mão para levar outro para ele pensar porque está com dúvida’. (Eu disse) Não tem problema”.