Técnico pede fim de vaidade na Lusa e desabafa: "Chegamos ao fundo do poço"

O técnico Márcio Ribeiro estava muito abatido ao final da derrota por 2 a 0 para o Tombense, que decretou o quarto rebaixamento da Portuguesa em três anos. Segundo o treinador, o quarto clube mais importante da cidade de São Paulo chegou “ao fundo do poço” e precisa de união para se reerguer.

“A Portuguesa chegou no fundo do seu poço e daqui pra frente tem que emergir”, disse Ribeiro, que comandou o time nas quatro últimas partidas e conseguiu uma vitória e três derrotas. “Tem que começar a crescer e levantar, agora é só subida. Basta que se unam pra conseguir o acesso que [o clube] precisa.”

Em 2013, o time jogava a Série A, mas foi caindo rapidamente e, além de chegar à quarta divisão nacional, acumulou um rebaixamento no Campeonato Paulista. O treinador deu a entender que um dos grandes problemas da agremiação são suas facções políticas internas que a impedem de crescer administrativamente. Hoje, a Portuguesa vive atolada m dívidas e corre o risco de perder uma parte de seu maior patrimônio, o estádio do Canindé.

“Salvar a Portuguesa”, opinou Márcio Ribeiro, “pela estrutura e pelo que representa ao futebol brasileiro, é fácil. Tem que acabar com as vaidades, conversar, fazer um planejamento pra começar um trabalho em novembro e trazer umas pessoas certas. Quem continuar contra vai saindo, deixe aqueles que estão a favor trabalhar. Tem que saber da dimensão dessa queda pra Portuguesa, talvez eles não saibam.”

Ribeiro não especificou a quem se referia quando disse “eles”. Mas ele argumentou que é possível sonhar com a reestruturação do clube usando como exemplo o pernambucano Santa Cruz, que há alguns anos também jogou á Série D e hoje está na primeira divisão.

“Não se arruma tudo em quatro jogos, do dia pra noite. Hoje, posição, oposição, quem é do bem, quem é do mal, quem é contra e quem é a favor, todos têm que se unir e renascer, assim como o Santa Cruz fez: se reuniu e hoje está na Série A. Se o Santa Cruz fez porque não vamos fazer?”