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Sem poder de reação, Palmeiras passa longe de ser o "time da virada"

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

25/03/2016 08h22

O Palmeiras voltou a ser derrotado nesta quinta-feira (24), contra o Red Bull Brasil, em pleno Pacaembu. Com o revés, a equipe alviverde aumentou a sequência de jogos sem vitórias depois de o time sair atrás no placar.

A última virada do Palmeiras ocorreu em setembro do ano passado, na vitória por 4 a 1 sobre o Fluminense no Maracanã. Na ocasião, o volante Jean (hoje no Palmeiras) abriu a contagem para o time carioca. Barrios, porém, foi às redes três vezes — Gabriel Jesus também deixou o seu no jogo válido pelo Brasileirão.

Desde então, o Palmeiras disputou 33 partidas oficiais, com 11 vitórias, oito empates e 14 derrotas. O time saiu perdendo em 17 ocasiões, sem nenhuma virada. A equipe, no máximo, arrancou quatro empates depois de sofrer o primeiro gol.

Em contrapartida, o Palmeiras conseguiu inaugurar o placar em 14 confrontos, com 11 vitórias e dois empates. A equipe sofreu a virada diante do Linense, no dia 13 de fevereiro, na quarta rodada do Campeonato Paulista.

Nesta quinta-feira, o Palmeiras sofreu dois gols em quatro minutos, já no fim do primeiro tempo. Na etapa final, Alecsandro diminuiu o placar, mas o Palmeiras não conseguiu sequer empatar o jogo contra o Red Bull.

De acordo com o técnico Cuca, o momento instável contribui para o cenário. Para ele, a sequência de resultados ruins faz o time perder o poder de reação — com o treinador no comando, são três derrotas em três jogos.

"O time está muito instável e inseguro, a bola está queimando, passes fáceis que estão errando, não estão com a confiança que o jogador tem que ter. É algo natural pelo momento que o Palmeiras tem vivido", explicou Cuca.
O comandante alviverde ressaltou ainda que as substituições realizadas no intervalo deram mais chances à equipe, mas não foram suficientes para o Palmeiras sair com a vitória no Pacaembu.
"O time não conseguiu encaixar o gol no primeiro tempo. Tivemos chances claras, mas não fizemos. No segundo tempo, a gente mexeu, pôs o Alecsandro, puxamos o Rafael para trás, depois colocamos o Zé, jogamos o Rafael para o lado, encorpou mais a equipe, mas não foi suficiente", disse Cuca.
O goleiro Fernando Prass, por sua vez, afirmou que o time criou chances de gol na etapa final, mas não conseguiu reagir. Para o camisa 1, o time alviverde precisa evitar a situação favorável aos adversários.
"É uma situação de jogo: é defesa do goleiro, é bola na trave. No segundo tempo, tivemos volume de jogo muito grande. A gente criou. O problema é esse: a gente está tendo que reagir, temos de evitar isso. É complicado virar contra equipes que estão acostumadas a jogar com essa proposta de se fechar e usar o contra-ataque. Temos de ter mais atenção no primeiro tempo para precisar não correr atrás no segundo", finalizou Prass.