Candidato pede suspensão da eleição da Fifa por falta de transparência
O príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein pediu a suspensão da votação que elegerá o novo presidente da Fifa, marcada para esta sexta-feira. Os advogados do candidato entraram com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) alegando não haver transparência na definição da votação. O CAS tem até quinta pela manhã para julgar o caso.
Terão direito a voto as 209 federações filiadas à Fifa. O voto é secreto e não são permitidos celulares na urna. Mas Ali Bin alega que não há um controle rigoroso para evitar que um candidato fotografe o voto.
O príncipe quer que haja controle rígido e ofereceu, inclusive, urnas que facilitariam a visualização dos candidatos.
"Ao invés de aceitar a proposta do príncipe Ali de disponibilizar cabines transparentes, constatamos que a Fifa não faz mais que um simples pedidos aos eleitores para que 'deixem (os telefones celulares) no momento em que vão votar", afirmaram os advogados do príncipe.
"Esta atitude é incompreensível, exceto se desejam obstinar-se em não garantir a transparência das operações de votação e a sinceridade do escrutínio", acrescentaram.
Um dos cinco candidatos para o principal cargo da Fifa, Ali Bin entende que o sistema de votação adotado pela entidade propicia acordos escusos. Ele acusa seus principais adversários de tentarem apoio de outras confederações.
"Não sou um candidato que tenta usar os comitês executivos ou as confederações para influenciar o voto em um sentido", declarou o jordaniano, na semana passada, referindo-se ao suíço Gianni Infantino e o xeque Salman, do Bahrein, os dois principais favoritos da eleição.
"É isso que me diferencia dos outros candidatos... Quando outros candidatos optam por pressionar as regiões e dividir o mundo, eu digo que é um mau negócio", completou.
Derrotado nas eleições à presidência da Fifa em maio de 2015 por Joseph Blatter, o príncipe Ali vem intensificando às críticas contra o processo eleitoral da entidade.
"Há uma grande confusão no processo eleitoral. Ninguém está autorizado a usar sua própria organização com fins eleitorais", afirmou em relação a Infantino, secretário-geral da Uefa que já recebeu o apoio explícito da entidade europeia, enquanto Salman contaria com os votos da Confederação Africana (CAF).
Além de Ali, Infantino e Salman, os outros candidatos à presidência da Fifa são o francês Jerome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.
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