Topo

Membros de Comitê ganharão até R$ 5 mil. Capita brinca: 'não dá para nada'

Sete integrantes do Comitê de Reformas receberão salários de 3 a 5 mil reais - Rafael Ribeiro/CBF
Sete integrantes do Comitê de Reformas receberão salários de 3 a 5 mil reais Imagem: Rafael Ribeiro/CBF

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/02/2016 17h59

Após semanas de planejamento e um dia inteiro de reuniões, o Comitê de Reformas criado pela CBF foi, enfim, apresentado oficialmente durante entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira (18), na sede da entidade. Em apresentação feita pelo presidente do órgão e secretário-geral da Confederação, Walter Feldman, foram revelados os principais pontos de discussão do grupo e até mesmo os salários dos membros participantes.

Seguindo “valores de mercado para área”, o dirigente contou que aqueles colaboradores que não têm contrato com a CBF receberão de 3 a 5 mil reais por mês pela participação nos debates. Foi então que o capitão do tri mundial em 1970, Carlos Alberto Torres, aproveitou para quebrar o “gelo” da apresentação corporativa e brincar.

“Poxa, só isso? Não dá para nada. Estava pensando aqui que eu ia ganhar uma grana”, disse o Capita, arrancando risadas de parte dos presentes.

Sete integrantes receberão tal remuneração. A CBF definiu que presidentes de clubes e federações, além dos funcionários da casa, não teriam o salário.

Com a palavra de volta, Walter Feldman explicou algumas das prioridades do Comitê para o ano de 2016.

“Vamos começar pelo código de ética, será o primeiro item. Queremos vê-lo aprovado rapidamente. Ainda tem a questão do Estatuo sendo publicado também e passará por uma reformulação”, explicou o presidente do Comitê.

O grupo de reformas ainda debaterá temas prioritários como Licenciamento e Registro, Calendário e Futebol Feminino.

Por fim, Feldman e outros membros do grupo de estudos para reformas reforçaram a independência do órgão, mesmo com toda a ligação com a CBF.

“A Ernst & Young [empresa de auditoria] nos ajudou bastante e orientou que tivéssemos somente dois nomes da Confederação aqui. Outras pessoas ainda têm alguma ligação indireta. Mas o órgão tem total independência para sugerir e fiscalizar o que for melhor para o futebol brasileiro. A ideia é realmente buscar o melhor, como nas grandes empresas, e melhorar um período que se fala tanto em derrotas, quedas, fracassos. Vamos superar este momento difícil atual”, explicou o presidente do Comitê.

Confira a lista de integrantes do Comitê de Reformas da CBF:

Álvaro Melo (advogado, doutor em Direito Desportivo)
Ana Paula de Oliveira (ex-auxiliar de arbitragem, diretora-secretária da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol)
André Ramos Tavares (advogado, doutor em Direito do Estado)
Caio César Vieira Rocha (presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva)
Carlos Alberto Torres (ex-jogador de futebol, campeão mundial pela seleção brasileira em 1970)
Carlos Alberto Parreira (treinador, campeão mundial pela seleção brasileira em 1994)
Carlos Augusto de Barros e Silva (presidente do São Paulo Futebol Clube)
Carlos Eduardo Pereira (presidente do Botafogo de Futebol e Regatas)
Castellar Modesto Guimarães Neto (presidente da Federação Mineira de Futebol)
Ednaldo Rodrigues Gomes (presidente da Federação Bahiana de Futebol)
José Edmílson Gomes de Moraes, "Edmílson" (ex-jogador de futebol, campeão mundial pela seleção brasileira em 2002)
Leomar Quintanilha (presidente da Federação Tocantinense de Futebol)
Luiz Felipe Santoro (advogado, especialista em Administração Esportiva)
Miraildes Maciel Mota, "Formiga" (jogadora da seleção brasileira feminina)
Ricardo Roberto Barreto da Rocha, "Ricardo Rocha" (ex-jogador de futebol, campeão mundial pela seleção brasileira em 1994)
Rogerio Langanke Caboclo (diretor executivo de gestão e diretor de planejamento estratégico e financeiro da CBF)
Walter Feldman (secretário geral da CBF)