Tite é apresentado e diz que negociou com Corinthians só após o Brasileiro
Tite está de volta ao Corinthians. O treinador foi apresentado nesta terça-feira (16), um ano depois de ter saído do Parque São Jorge. A chegada dele ao clube encerrou uma série de especulações sobre o retorno, que se arrastavam durante meses. Por isso, logo de cara o novo comandante alvinegro negou que tenha conversado com a diretoria durante o Campeonato Brasileiro.
"Eu só abri possibilidades profissionais para o Corinthians e para outros clubes depois do término do Campeonato Brasileiro. Eu queria estar bem comigo mesmo e gostaria que fizessem isso comigo. A partir daí houve outras possibilidades", relatou Tite.
Treinador do Corinthians em um dos períodos mais vitoriosos da história do clube, Tite saiu no fim da temporada passada e foi substituído por Mano Menezes, cuja saída foi definida antes de o Campeonato Brasileiro terminar. Isso intensificou discussões sobre o retorno do ex-técnico.
"As negociações foram a partir do término do Campeonato Brasileiro. Antes, houve um interesse a partir do momento em que foi dito que o Mano não ficaria. Mas as negociações foram apenas depois do Campeonato Brasileiro, e quem diz isso não é apenas o Tite, mas também o travesseiro dele", disse o novo treinador.
Tite assinou contrato de três anos com o Corinthians. A passagem atual é a terceira dele pela equipe paulista - o técnico soma 272 partidas no clube alvinegro, com 131 vitórias, 85 empates e 56 derrotas.
Emerson Sheik volta?
Tite não foi contundente quanto a um possível retorno de Sheik, que tem contrato até o meio do ano com o Corinthians. O atacante teve empréstimo quebrado pelo Botafogo durante o Brasileirão.
"Todos os atletas são patrimônio do clube, serão respeitados e serão trabalhados de forma igual. O Sheik e todos os outros. Ele é atleta do grupo", disse o técnico do Corinthians.
Guerrero vai continuar
Tite evitou comentar a enrolada negociação para renovação de contrato de Guerrero. Disse apenas que conta com o atleta peruano.
"O Guerrero é profissional do clube, tem vínculo até 30 de junho. Então ele está conosco".
Pré- Libertadores
"É intensidade. É pau dentro. Nós já temos experiência em relação a essas situações. Não repetir erros que eu cometi das outras vezes. Primeiro é dizer o quanto é importante para os atletas, nesse momento de férias, eles estarem se cuidando e voltarem numa situação boa no processo físico. Todos esses detalhes ajudam a melhorar a preparação e acelerar a preparação".
Primeiro jogo no Itaquerão
"Só fui uma vez ao estádio, e fui a convite do Andrés [Sanchez]. O estádio estava naquele período de pré-inauguração. Não tenho a dimensão ainda. Ia ao estádio na Copa do Mundo, mas resolvi não ir. Pretendia assistir ao Argentina x Holanda, mas não quis parecer oportunista por causa do momento da seleção".
Pressão por mais títulos
"Não sei se eu vou ganhar, mas essa conduta eu vou ter. Talvez com um cabelo mais branco e errando menos do que na outra passagem".
Metas após títulos
"Eu conversei com o Bianchi (treinador) quando ele estava no Boca, e ele colocou para mim: Tite, com três Libertadores e Mundiais, o grande desafio nosso é o equilíbrio. Nossa atividade é extremamente exposta, e nós temos de ter enorme equilíbrio".
Volta ao Corinthians
"O clube ter escolhido o profissional me deixa muito feliz. É o clube quem escolhe. Tenho toda a felicidade de ter passado toda essa situação. Carrego junto comigo, e o Corinthians junto consigo sua história. E mais do que isso: a busca de que isso possa se repetir, fazendo todo dia o melhor trabalho possível".
Como foi tratado na saída, em 2013
"Diferenças acontecem. São superadas na medida em que somos seres humanos. Participamos de campanhas extraordinárias, sou muito grato a todos".
Contrato longo
"É a quebra de um paradigma brasileiro. A média de um técnico na Inglaterra é 16 meses. Sou privilegiado de ter um trabalho a longo prazo, o Corinthians sabe isso. As ideias permanecem, independentemente das pessoas. É uma quebra que talvez sirva de exemplo para outros clubes".
Comissão técnica
"É não ficar a mercê do técnico, mas de uma equipe de trabalho, em que pessoas têm essa organização e fazem a roda girar. É importante ter o link com as categorias do base. Nessa roda, às vezes o técnico tem uma visibilidade maior, mas por mais vaidoso que um técnico possa ser, ter a noção exata de que é uma engrenagem em um conjunto. Só vencemos aqui dentro por todas essas competências, senão não tinha vencido".
Momento do Corinthians
"Momento do clube é importante, de transição, e estou sendo contratado. A gente carrega a sombra daquilo que a gente construiu a vida toda. Não sei se vou ter o mesmo êxito, mas vou ter a mesma conduta. Talvez mais maduro, e não cometendo os mesmos erros humanos".
Forma física dos jogadores
"Agora é entrar em contato com cada um atleta e passar o quanto é importante se cuidarem, voltarem em um momento bom físico, sem sobrepeso. Todos esses detalhes para que aumentem a preparação. Vontade de ganhar, todo mundo tem, mas de preparar, é isso que importa. É um recado para os atletas sim, para todos eles".
Memórias do Mundial e Tolima
"A primeira é quando entre em Yokohama, aquela musiquinha faz tremer a perna. A gente estabelece o foco, não podia ver o torceor, a música, tinha que olhar dentro do campo. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, porra. O Tolima eu pensava 'ferrou toda minha ideia, não é possível'. Andrés me deu uma injeção de animo, vamos lá, tem jogo, tem que ir em frente."
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