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Em janela de transferências 'morna' na Europa, brasileiros se destacam

Retorno de Robinho ao Santos foi o principal destaque da janela de transferências de janeiro - Folha Imagem
Retorno de Robinho ao Santos foi o principal destaque da janela de transferências de janeiro Imagem: Folha Imagem

Do UOL Esporte

Em São Paulo

02/02/2010 07h01

A janela internacional de janeiro costuma reservar poucas surpresas. Alguns clubes se arriscam a fazer contratações caras no meio da temporada, mas isso não significa dizer que o mercado esteve parado. Alguns jogadores brasileiros se tornaram o centro das atenções, seja pela volta ao país, com recepções calorosas da torcida, ou por uma nova oportunidade para resgatar seu prestígio.

Para o futebol brasileiro, sem dúvidas, o retorno de Robinho ao Santos foi o marco desta janela. O atacante foi emprestado até agosto pelo Manchester City ao clube no qual foi revelado e agora tenta reencontrar suas melhores atuações. Em baixa no clube inglês, o jogador vê no time alvinegro a chance ideal para se recuperar e chegar bem à Copa do Mundo-2010.

Por falar em redenção, Keirrison também buscou novos ares para voltar a se destacar. Sem chances no Benfica, o atacante, cujos direitos pertencem ao Barcelona, foi emprestado à Fiorentina. Na equipe italiana, ele espera ter mais tempo de jogo e repetir o bom desempenho de quando defendeu Coritiba e Palmeiras.

Outro jogador pouco aproveitado em sua equipe terá uma nova chance de se reerguer. O meio-campista Mancini, que não fazia parte dos planos do treinador José Mourinho na Internazionale, trocou o clube pelo rival Milan. O brasileiro estava na mira do Olympique de Marselha, mas não houve um acordo com o clube francês.

Se por um lado perdeu Keirrison, o Benfica tratou de reforçar seu elenco com três jogadores que estavam no Brasil: o meio-campista Aírton, campeão nacional pelo Flamengo, e os atacantes Éder Luís e Alan Kardec. Outros atletas também trocaram o Brasil pela Europa.

Edmílson acertou sua volta à Espanha. Após passagens por Barcelona e Villarreal, o volante entrou em acordo com o Zaragoza. O jogador, que defendeu o Palmeiras no último Campeonato Brasileiro, fechou um contrato de curta duração com seu novo clube, de apenas cinco meses – mas ele terá a opção de renová-lo por outra temporada.

O zagueiro Réver saiu do Grêmio e foi para o Wolfsburg-ALE. No São Paulo, quem se despediu foi André Dias. O zagueiro, um dos destaques do time, deixou o clube do Morumbi e assinou um vínculo de três temporadas e meia com a Lazio. O time paulista, por sua vez, repatriou o volante Cléber Santana, que estava no Atlético de Madri, além de Alex Silva, do Hamburgo.

Quem também voltou ao Brasil, em outra transferência de grande impacto, foi Roberto Carlos. O lateral-esquerdo saiu do Fenerbahce para ser uma das principais estrelas do Corinthians no ano de seu centenário. No time do Parque São Jorge, ele revive a parceria com Ronaldo, com quem já atuou pela seleção brasileira e Real Madrid.

Havia a expectativa de que Dentinho fizesse o caminho inverso e fosse para o clube turco. No entanto, o atacante do Corinthians permaneceu em sua equipe, assim como outros jogadores que alimentaram a série de boatos deste início de ano: Hernanes (Internazionale, Milan e Real Madrid), Miranda (Wolfsburg), Cleiton Xavier (Real Madrid), entre outros.

Algumas transferências dadas como certas tiveram reviravoltas e um desfecho inesperado. O maior exemplo foi o de Kléber: o “Gladiador” parecia com destino certo ao Porto, mas na última hora a transação não foi fechada e o atacante voltou ao Cruzeiro. O meio-campista Deyvid Sacconi até havia se despedido de seus companheiros no Palmeiras, só que um problema com o passaporte freou o acerto com o Nantes.

Como em todos os anos, o futebol brasileiro perdeu alguns de seus principais jogadores para o mercado europeu. Contudo, a volta de nomes consagrados vista no ano passado se repetiu em 2010, como mostram os casos de Robinho e Roberto Carlos. Melhor para os torcedores daqui, que têm a oportunidade de acompanhar de perto craques de nível internacional.