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Problema no Brasil, laterais brilham e ajudam a Argentina a chegar à semi

Nahuel Molina comemora gol da Argentina contra a Holanda                         - AFP
Nahuel Molina comemora gol da Argentina contra a Holanda Imagem: AFP

Colunista do UOL, em São Paulo

10/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Desde a convocação de Daniel Alves, os laterais da seleção brasileira sofreram com críticas, improvisos, lesões e até um corte, o de Alex Telles, depois da derrota contra Camarões.

Antes mesmo do Mundial, Tite já sofrera a baixa pela esquerda de Guilherme Arana, do Atlético-MG, que vinha sendo convocado.

No caso da Argentina, classificada ontem (9) às semifinais em um jogo memorável contra a Holanda, foram justamente os laterais que salvaram a azul e branca e mantiveram vivo o sonho da seleção de conquistar o primeiro título mundial do país desde 1986.

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Molina, da Argentina, em ação na partida contra a Austrália na Copa do Mundo
Imagem: Kai Pfaffenbach/Reuters

Molina e Acuña são destaques

O primeiro ponto alto da atuação argentina pelos lados foi o gol de Nahuel Molina, de apenas 24 anos. Ele aproveitou o passe mágico de Messi para fazer o 1 a 0 e gritar com uma empolgação que comoveu a Argentina. Hoje atleta do Atlético de Madri e comandado pelo argentino Diego Simeone, sua história é inusitada.

Ele foi lançado nas categorias de base do Boca Juniors e subiu aos profissionais aos 18 anos, em 2016, mas não teve continuidade no gigante portenho e foi emprestado ao Defensa y Justicia e depois ao Rosario Central.

Em 2020, foi transferido à Udinese e começou a ser convocado pelo técnico Lionel Scaloni, que tem se consagrado como um perito na descoberta de talentos que estavam desconhecidos do público e renderam bem.

No outro lado do campo, pela esquerda, estava Marcos "Huevo" Acuña, que sofreu o pênalti convertido por Lionel Messi para abrir o 2 a 0. Acuña está com 31 anos e disputa sua segunda Copa.

Hoje ele joga no Sevilla, que nas semanas anteriores sinalizou sua dispensa — a atuação no Qatar pode reverter o cenário e significar sua sequência na equipe, caso o jogador preze pela continuidade.

Por fim, nas cobranças de pênaltis, brilhou também o lateral-direito Gonzalo Montiel. Cria de Marcelo Gallardo no River Plate, ele desde o ano passado defende o Sevilla.

Com a categoria que o fã do futebol sul-americano já conhece, ele superou o goleiro gigante Noppert, de 2,03 metros, e ajudou a colocar a Argentina na primeira semifinal da Copa do Mundo desde 2014.

Ele, porém, já é um desfalque certo para a partida contra a Croácia, na próxima terça. Montiel atingiu o limite de cartões amarelos e será baixa para Lionel Scaloni. Acuña, pela esquerda, também foi advertido e perderá a semifinal.