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Games e ensaio das danças: o que a seleção faz nos dias sem jogo na Copa

Neymar e Paquetá são parceiros nas dancinhas, mas também nos tiros no Counter Strike - Lucas Figueiredo/CBF
Neymar e Paquetá são parceiros nas dancinhas, mas também nos tiros no Counter Strike Imagem: Lucas Figueiredo/CBF
Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha (Qatar)

07/12/2022 18h46

Classificação e Jogos

Juntos há mais de 20 dias no mesmo hotel e com restrição para sair da concentração, os jogadores da seleção brasileira arranjam atividades para quando não estão cumprindo o cronograma de olho na Copa do Mundo. Há os que gostam das mais tradicionais, como sinuca, tênis de mesa e baralho, mas também há a turma dos esportes virtuais, que fazem jogos de tiro, como Counter Strike e Call of Duty, ou até mesmo de futebol, como é o caso do Fifa.

A agenda da delegação conta com horários determinados para refeições, treinos e palestras, mas em boa parte do dia os atletas são liberados para fazerem o que quiserem, desde que não saiam dos corredores da concentração. A interação entre eles não só é valorizada pela comissão técnica, como é incentivada, para que eles criem laços que vão além do campo.

Até por isso, nesse momento é comum que os jogadores fiquem apenas entre eles, sem a presença de Tite ou de seus auxiliares, para que eles possam ficar em um ambiente mais descontraído, sem se preocupar com os que ocupam cargo de chefia.

Mesmo fora de campo, os atletas não gostam de deixar de lado o espírito competitivo. Quase todos os jogos contam com uma aposta, muitas vezes sem nem envolver dinheiro. O objetivo é poder ao menos tirar um sarro dos que perdem ou se gabar de quando ganha.

Há os campeonatos internos disputados entre eles, que acontecem dentro de um dos quartos ou em uma sala específica reservada em uma ala do hotel da seleção.

"A gente joga de tudo um pouco. Nas horas vagas, a gente tem que espairecer um pouco", disse o meia Lucas Paquetá.

Neymar é um dos mais envolvidos com Counter Strike, assim como Paquetá, Éder Militão, Everton Ribeiro e Casemiro. O meia-atacante do PSG passou os dias antes de viajar com a seleção acompanhando o Mundial da modalidade e torcendo para a Furia, equipe brasileira, enquanto o volante do Real Madrid é até dono de um time na Espanha.

Pedro levou para a Copa uma mala com um videogame portátil  - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Pedro levou para a Copa uma mala com um videogame portátil
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Weverton e Pedro são adeptos do videogame. Inclusive, o atacante levou um portátil para a viagem. Antony e Bruno Guimarães gostam de se desafiar no Fifa desde os tempos de concentração na seleção olímpica. Eles ainda tinham em Matheus Cunha, que acabou não sendo convocado, um dos parceiros para desafios na sinuca e no tênis de mesa.

Daniel Alves é um dos líderes da roda de samba. Quando ele pega um dos instrumentos, os que gostam de tocar se unem para formar o grupo musical improvisado. Enquanto isso, Vini Jr, Paquetá e Neymar aproveitam o momento para ensaiar as coreografias que farão para cada gol, algumas vezes longe do pagode, mas com as caixinhas de som ligadas quase sempre no funk.

Por estarem quase sempre concentrados nos desafios da seleção, eles nem sempre acompanham a todos os jogos da Copa. Diariamente após os treinos há oportunidades para encontrar as famílias. Dos dias depois dos jogos do Brasil, são liberados para jantar com as famílias: há tanto um jantar coletivo dentro do hotel da seleção como jantares individuais em restaurantes de Doha.