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Em plena Copa, Brasil tem maiores estrelas em rota de colisão com Nike

Do UOL, em Santos (SP)

05/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

O Brasil joga hoje (5), às 16h (de Brasília), contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar 2022 e deve ter em campo duas estrelas do futebol mundial que estão em rota de colisão com a Nike, fornecedora de material esportivo da seleção e uma das mais importantes patrocinadoras: Neymar e Vini Jr.

A nova crise com a Nike foi revelada pelo UOL Esporte ontem (4) com exclusividade: o jogador do Real Madrid (ESP) tenta romper na justiça seu contrato com a marca que o patrocina desde os 13 anos. A divergência não é somente de ordem financeira, mas também por uma avaliação de tratamento injusto por parte da marca com o atleta.

Vini vem jogando a Copa do Qatar com a chuteira mercurial da coleção antiga da Nike e só o faz por força de contrato, que tem vigência até 2028. O atacante é o principal ativo da marca na seleção e pode fazer o mesmo caminho de Neymar anos atrás.

O camisa 10 do Brasil rompeu com a Nike em 2020 após ser acusado pela própria empresa de assédio sexual contra uma funcionária. O suposto incidente teria ocorrido em 2016, foi denunciado em 2018 em um fórum criado pela própria empresa. Segundo a Nike, a marca encerrou relacionamento com Neymar porque o jogador se recusou a colaborar com a investigação. As investigações foram encerradas e consideradas "inconclusivas".

Tão logo rescindiu com a Nike, Neymar assinou contrato com a Puma. A mudança teve algumas repercussões na seleção brasileira, patrocinada há anos pela Nike. Logo após a acusação de assédio ser revelada, Neymar apareceu em suas redes com a camisa da seleção e utilizando um 'emoji' para esconder o logo da antiga patrocinadora.

Em pronunciamento também na época da acusação, o camisa 10 da seleção acusou a Nike de traição. "Ironia do destino, continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu", escreveu em suas redes em referência às camisas do PSG e da seleção.

Desde então, Neymar vem acumulando episódios com ações em que força dar visibilidade à Puma, nova patrocinadora. Na estreia na Copa do Mundo do Qatar, por exemplo, entrou com o calção baixo, mostrando a cueca da Puma, e abaixou para amarrar a chuteira da Puma sob "olhares" das câmeras do mundo todo. A tática de marketing de amarrar as chuteiras foi consagrada pelo Rei Pelé, que foi pago para realizar a ação na Copa de 70, antes do jogo entre Brasil e Peru. Foi uma das primeiras ações de marketing de emboscada da história do futebol.

Em 2014, Neymar chegou a ser advertido por mostrar o patrocinador na cueca. Dois anos antes, em 2012, o dinamarquês Nicklas Bendtner foi multado em 100 mil euros (R$ 260 mil na época) pela Uefa por mostrar o patrocinador na cueca durante a comemoração de um gol.

Outra ação de Neymar foi entrar em campo na estreia do Brasil na Copa com uma camisa sem o logo da Nike e só vestir a camisa da seleção já em campo. Pelas regras, quem tira a camisa em campo pode ser punido com cartão amarelo.


O UOL News Copa traz informações sobre o jogo entre Brasil e Coreia do Sul, a escalação ofensiva de Tite, os perigos que a Coreia pode apresentar, os confrontos no mata-mata e mais! Confira: