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Seleção mais jovem e sob desconfiança, França passa por teste de maturidade

Catherine Ivill/Getty Images
Imagem: Catherine Ivill/Getty Images

Julio Gomes

Colaboração para o UOL, em Kazan (Rússia)

30/06/2018 21h00

A seleção mais jovem das oitavas de final, com o jogador mais jovem ainda atuando na Copa do Mundo. Laterais de apenas 22 anos de idade, pouco testados em grandes cenários europeus. A França gera desconfiança por seu excesso de juventude.

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Mas o que se viu no sábado, em Kazan, foi um time capaz de reagir à adversidade e, depois de levar a virada contra a Argentina, fazer três gols, vencer por 4 a 3 e se classificar para as quartas de final.

Dois dos gols foram marcados por Mbappé, 19, o menino prodígio da seleção francesa. Foi uma sessão coletiva de amadurecimento durante 90 minutos.

“Somos jogadores com muita experiência em nossos clubes e mostramos isso no campo. Estes jogos são os que vão fazer a diferença para todos os jogadores em nossas carreiras”, disse o lateral esquerdo Lucas Hernández, que é reserva no Atlético de Madrid, mas titular da França - Mendy, que seria o dono da posição, passou a temporada inteira lesionado e não estava disponível para o jogo contra a Argentina. Hernández participou das jogadas do segundo e terceiro gols com ótimas subidas pela esquerda.

O gol do empate, o mais importante do jogo, quando a Argentina parecia tomar conta do duelo, foi uma fantástica trivela de Pavard. O lateral direito, jogador do Stuttgart, da Alemanha, ganhou a posição de Sidibé, do Monaco, jogador mais rodado.

“Hoje demonstramos que somos uma equipe que se sacrifica e com muito caráter, devemos seguir assim”, falou Matuidi. Ele, o goleiro Lloris e o centroavante Giroud, todos com 31 anos, são os “vovôs” da equipe.

O técnico Didier Deschamps é criticado por não ter conseguido formar um time coletivamente bom, apesar de tantos talentos individuais. Depois de três jogos sem mostrar muita força na fase de grupos, a França consegue superar o grande teste contra a Argentina. E, agora, enfrentará outro sul-americano, o Uruguai, nas quartas de final.

“Para ganhar um Mundial tem que jogar contra Brasil, Argentina, Bélgica… ganhar os jogos grandes”, disse Pogba, que voltou a ter uma atuação mediana, alternando bons passes com más decisões contra a Argentina.

“Estamos muito fortes mentalmente. É um time jovem, mas temos talento, jogadores com experiência em seus clubes. Todos queremos ganhar, o mais jovem, o mais velho, todos nós. As pessoas que criticam nosso time amanhã vão dizer ‘que timaço é a França’, já sabemos como funciona”, concluiu o meia do Manchester United.

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