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São Paulo usa estratégia do Brasileiro no Paulista e se dá bem

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10/03/2023 13h07Atualizada em 10/03/2023 13h07

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O São Paulo tem um plano para ficar pelo menos entre os seis primeiros do Brasileiro. Ele pode ser resumido em uma frase dita para mim: "É possível ficar na frente do Palmeiras, mesmo perdendo as duas para o Palmeiras".

E, parafraseando Bela Gil, você pode trocar o Palmeiras por Flamengo ou Galo.

Esses três clubes, o Palmeiras pela forca de conjunto, o Flamengo pelas estrelas e o Galo, pelo poder de contratação, formariam um pequeno pelotão.

No segundo, estariam São Paulo, Fluminense, Corinthians, Furacão, Fortaleza, Grêmio e Internacional. E o terceiro grupo, com os outros dez.

A estratégia é perder poucos pontos contra os concorrentes e pouquíssimos contra os do terceiro grupo.

Agora, eu é que faço as contas.

Se conseguir 33% dos pontos contra o primeiro pelotão, são seis pontos. Duas vitórias e quatro derrotas

Se conseguir 50% contra os do segundo bolo, - vitória em casa e derrota fora - serão 18 pontos. Seis vitórias e seis derrotas.

E, vamos ao terceiro grupo: se vencer todas em casa e empatar todas fora - 66% dos pontos - serão mais 40 pontos. Dez vitórias e dez empates.

No total, 40 + 18 + 6 são 64 pontos. Dez a mais que no ano passado, quinto lugar, um ponto a menos que o Corinthians e dois na frente do Flamengo.

Futebol não é matemática, eu sei. No ano passado, o São Paulo perdeu as duas para o Botafogo. Zero pontos.

E, voltamos ao Paulista. O São Paulo enfrentou dois tipos de time:

a) Os seis classificados - Bragantino, Botafogo, Palmeiras, São Bernardo, Corinthians e Ituano. Conseguiu apenas cinco pontos: vitória contra Botafogo e empates contra Ituano e Palmeiras. Perdeu para Corinthians, São Bernardo e Bragantino. Aproveitamento de 27,8%.

b) Os seis desclassificados: São Bento, Ferroviária, Santo André, Portuguesa, Santos e Inter de Limeira. Ganhou todos os jogos. 100% de aproveitamento.

No total, foram 23 pontos em 36 possíveis um total de 64%. Se fizer isso no Brasileirão, chega a 72 pontos. Seria terceiro no ano passado.

A estratégia deu certo. Brigar com os fortes e massacrar os mais fracos.

Ah, essas contas não adiantam nada. Agora, é mata-mata. Perdeu, cai fora.

Sim, é um risco. Mas o Brasileiro não tem mata mata. Premia a constância. Um caminho que se mostrou satisfatório no "laboratório" Paulistão.