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Daniel Fonseca manda em Arrascaeta mas não tem armas contra o Flamengo
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Daniel Fonseca foi um centroavante. Pela seleção uruguaia, tem onze gols em 30 jogos. Um deles foi, de cabeça, contra o Brasil no empate por 1 x 1 em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa 94. Subiu muito mais que Antônio Carlos, que perdeu ali a chance de ir para a Copa.
Como empresário, teve jogadores famosos como Luiz Suárez e Cavani. Relação que terminou com mágoas recíprocas. Atualmente, seus mais importantes clientes são o goleiro Fernando Muslera e Georgian de Arrascaeta.
"Quero que meus clientes e suas famílias vivam bem". Assim, Daniel já se definiu, como empresário. Esqueceu de falar que, se o jogador vive bem, ele também vive.
E na busca por mais dinheiro - o que não tem nada de errado - Daniel usa métodos contestáveis sob a ótica da ética.
E com total anuência de Arrascaeta.
Foi assim no Cruzeiro. O Flamengo queria comprar. O jogador queria sair. O Cruzeiro não queria vender. Qual a solução? Arrascaeta não treina. Não joga. Força a saída. E deu certo.
Agora, porém, é diferente.
O Flamengo nada deve a Arrascaeta.
Há um contrato em vigor.
Então, Daniel Fonseca pode exigir aumento, pode exigir que o Flamengo compre uma parcela maior dos direitos, pode pedir, sei lá, que o clube pague o mate, o churrasco e os discos de Carlos Gardel, a pintura do cabelo, pode tudo. E o Flamengo não tem obrigação nenhuma.
E, de certa forma, Daniel Fonseca tem um mico na mão.
Não há dinheiro no mercado sul-americano para se contratar Arrascaeta.
Não há interesse até agora da Europa por Arrascaeta. E olha que lá estão Nandez, Gimenez, Torreira, Valverde, Araújo, Stuani, todos da Celeste, sem contar Suárez e Cavani. Talvez porque Arrascaeta não tenha conseguido ser titular com Tabárez
Daniel Fonseca pode espernear, mas o Flamengo joga de mão. Tem todos os argumentos. Nada precisa ceder.
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