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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Copa: Fifa flexibiliza regra e seleções podem inscrever menos de 26 atletas

Tite levará 26 jogadores para a seleção brasileira participar da Copa - GettyImages
Tite levará 26 jogadores para a seleção brasileira participar da Copa Imagem: GettyImages

Colunista do UOL

31/08/2022 13h03

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Uma seleção participante da Copa do Mundo do Qatar não será obrigada a convocar 26 jogadores. A informação aparece na atualização do regulamento específico do torneio realizada na semana passada.

É improvável que um treinador abra mão de levar o máximo de opções de atletas possível, mas diferentemente da regra anterior, que colocava a presença de 23 inscritos como obrigatória, agora há margem para convocar, e inscrever, 23, 24, 25 ou 26 jogadores. A única exigência é que três deles, independentemente do número total, sejam goleiros.

O aumento do limite de inscritos para até 26 jogadores e a abertura antecipada da Copa de 21 para 20 de novembro, com Qatar x Equador, às 13h (de Brasília), foram as principais alterações do regulamento — todas aprovadas pelo Conselho da Fifa. Foi incluída também uma pequena modificação feita a pedido das confederações participantes do Mundial: a lista provisória de 55 convocados não será mais divulgada pela entidade máxima do futebol, ao contrário do que dizia a primeira versão do regulamento.

A direção da Fifa, apurou a coluna, não colocou como obrigatório convocar 26 jogadores, como fazia com 23, por sugestão de algumas das federações participantes da Copa no workshop realizado em Doha, no início de julho. Apesar de improvável que algum treinador opte por levar menos atletas do que o limite, alguns dirigentes argumentaram que cabe a eles administrar a montagem dos elencos e seria interessante ter em aberto uma margem para se trabalhar.

Tite, técnico da seleção brasileira, já afirmou que convocará 26 jogadores.

A lista provisória também aumentou, de 35 para 55 jogadores na alteração do regulamento, o que também é um limite. Pode-se inscrever menos do que 55. A Fifa não oficializou as datas finais de envio dos convocados, mas normalmente a provisória é cerca de um mês antes da abertura, fim de outubro portanto, e a final dez dias antes do jogo de abertura, por volta de 10 de novembro.

Pelo regulamento, depois que os nomes dos 26 convocados (ou menos) são enviados à federação internacional (obrigatório que estejam na relação inicial de 55) só pode haver troca 24 horas antes da estreia e desde que seja comprovado por laudo a gravidade da lesão. Nesse caso a substituição pode ser feita por qualquer atleta, mesmo que ele não apareça na lista provisória.

Covid e calendário
O aumento de convocados tem a pandemia e o calendário como explicações. A possibilidade de contaminação de jogadores por covid-19 durante o torneio faz, na visão das comissões técnicas, necessário ter mais opções para substitui-los, já que eles teriam que ser isolados do restante da delegação.

Mas a realização da Copa entre novembro e dezembro (para minimizar o calor do Oriente Médio), e não nos tradicionais meses de junho e julho, também foi um argumento. Como a temporada de clubes estará em andamento na maioria dos países, incluindo a elite europeia que cede mais jogadores à Copa, a liberação desses atletas às seleções só ocorrerá em 14 de novembro, seis dias antes da abertura.

Normalmente essa liberação ocorre três semanas antes, incluído período de descanso a esses profissionais de sete dias. Há portanto preocupação com lesões. A Copa também vai durar menos dias, 29 em vez de 32, com menos tempo de descanso entre as partidas.